Final de ano é tradição observarmos os principais fatos do ano. No nosso caso, de olharmos para trás e recordar as melhores leituras do ano. Nesse post uma seleção com as 10 melhores leituras nacionais no ano de 2016, confira:
1 - Nunca o Nome do Menino, de Estevão Azevedo: Relançado pela Record este ano, o romance é um primor de narrativa, algo meta-literário mas que acima de tudo é uma trama de grandes personagens e põe em discussão a própria identidade... Saiba +
2 - Bitch, de Carol Teixeira: Interessante, quente e muito inteligente. Uma narrativa curta que impregna-se ao leitor e o acompanhará para além do término das pouco mais de cem páginas, pois para aqueles que gostam de observar qualidades estéticas e boa literatura, eis um trabalho que te convida sempre a revisitá-lo;
3 - Meia-Noite e Vinte, de Daniel Galera: Um tiro de bazuca no ufanismo. Tomado por certa melancolia numa espécie de acerto de contas prematuro com a vida, os personagens provocam-nos a refletir a partir do íntimo, ao mesmo tempo que revelam o quanto as últimas três décadas tatuaram na pele de cada um de nós suas marcas numa espécie de grito que conta como o mundo mudou e como ainda estamos tentando entendê-lo, ainda que haja pouca esperança para isto... Veja +
4 - Depois do Fim, de Alex Bezerra de Menezes: Acima de tudo é alta literatura, literatura produzida por um autor que e sua própria obra demonstra conhecer não apenas as técnicas literárias, mas também conhecer dos estudos literários, conhecimento que nesse caso rever beneficamente para o romance, uma obra audaciosa e de grandes perspectivas... Veja Avaliação
5 - Esta Terra Selvagem, de Isabel Moustakas: Uma narrativa de crime carregada de intenções (políticas e sociais) que não dosa na crueza de suas cenas em que o horror salta das páginas por meio de um texto que de certa forma carrega (ou remonta) o naturalismo, pois aqui o sangue, a merda e as vísceras são os excrementos de uma sociedade doente no campo social e humano... Veja +
6 - Obra Completa de Murilo Rubião: Além de leitura obrigatória para quem tenta compreender a literatura brasileira, especialmente o fantástico e o maravilhoso, se constitui também num grande prazer ao nos carregar por uma jornada de absurdos fantásticos que estão aprisionados dentro de cada um de nós... Veja +
7 - A Bandeira do Elefante e da Arara, de Christopher Kastensmidt:é preciso mencionar o prazer e o deleite que o livro nos proporciona numa aventura gigante em diversos sentidos que nos aproxima da leitura ao mesmo tempo que valoriza nossa cultura, e aqui uma valorização trazida pelo olhar de um autor estrangeiro que conseguiu captar para nossa literatura fantástica muitas coisas que às vezes não éramos capazes de perceber... Veja +
8 - Das Meninas e das Outras, Janaína Buccioli: Nos textos do livro tudo que pressiona o universo feminino é abordado com virulência e tensão, assim como nos pesadelos. Há portanto o choque, a provocação, mas acima de tudo a exposição de um problema que nem de perto está superado, pois nas lutas femininas há ainda muito mais o que se conquistar... Veja +
9 - A Era de Ouro do Pornô, de Zeka Sixx: Sempre é bom sermos surpreendidos positivamente por uma obra, efeito que pode influenciar nosso dimensionamento da obra; contudo estou entre os que julga que se permitir conhecer de tudo é justamente o que nos possibilita encontrar trabalhos que merecem ao menos serem observados com mais rigor para que desta observação possa-se ou não realmente distingui-los da mesmice. É o caso do trabalho de Zeka Sixx... Veja +
10 - Descobri Que Estava Morto, de J. P. Cuenca: Um trabalho bastante visceral cuja interpretação não se encerra neste post simplificado. É uma obra que mexe com seu leitor, provoca o estranhamento necessário para o literário, que guarda suas contradições e suas virtuoses... + avaliação
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