10 Melhores leituras de 2017

2017 foi um ano diferente dos anteriores, com um pouco menos de leitura e com dedicação à leitura de algumas obras que há algum tempo desejava "enfrentar". O resultado é que nesta lista predominam relançamentos e redições, além de publicações de anos recentes que formaram minhas melhores leituras do ano, confira:

1 - Não Vai Acontecer Aqui, de Sinclair Lewis: Publicada originalmente em 1935, a obra voltou às estantes americanas após a eleição de Trump, e em 2017 foi publicada no Brasil pela Alfaguara. Um romance distópico que demonstra a fragilidade das democracias perante os ideais totalitários que o torna uma importante leitura política, especialmente em tempos como o que vivemos [Veja Resenha]

2 – Sombras de Reis Barbudos, de José J. Veiga: Em 2015 a Companhia das Letras publicou novas edições da obra de Veiga, entre elas este romance alegórico – e também de formação – que também temos debatido questões referentes ao autoritarismo e totalitarismo e que muitas vezes é vista como analogia ao período da ditadura militar no Brasil. É um pouco disso também, mas é mais que isso, e discute questões de reflexão sobre as estruturas de poder [Resenha]

 3 – Incidente em Antares, de Érico Veríssimo: Esta uma leitura de biblioteca (lugar onde sempre encontramos bons livros) e mais do que uma narrativa do excelente realismo mágico brasileiro, trata-se de uma obra capaz de dar conta de boa parte das idiossincrasias e hipocrisia brasileira;

4 - Androides Sonham Com Ovelhas Elétricas, de Philip K. Dick: A mente de PKD certamente foi uma das mais criativas e fantásticas entre os humanos. Há tempos desejava esta leitura, que em nenhum momento causou frustração. Um narrativa impressionante por suas qualidades e por seus cenários palpáveis, distópicos e futurísticos, além é claro, de todos os mistérios que permanecem com os leitores [Resenha];

5 - Neuromancer, de William Gibson: Não é apenas a estética cyberpunk que é atrativa neste livro. Publicado no princípio dos anos 80, a obra acaba dizendo muito do que nos tornamos com o advento da internet. Além disso, é uma trama pra lá de exigente que além de tudo novo que traz, está repleta de influências e vozes que a fazem gigantesca [Resenha];


6 - Admirável Mundo Novo, de Aldous Huxley: Vocês já perceberam que esta lista está um bocado distópica. Além dos meus interesses no blog, minhas pesquisas na faculdade estão concentradas nesta área, o que levou-me a completar minhas leituras essenciais para o gênero, e, claro, este clássico de Huxley é fundamental, não só para os leitores de seu tempo, mas para os de hoje. Além disso, a leitura no presente te ajudará a identificar como esta obra tem influenciado nossa cultura [Resenha];

7 - O Bosque Subterrâneo, de Colin Meloy e Carson Ellis: Publicado no final de 2016, a obra juvenil foi uma grata surpresa, ainda que este blogueiro não tenha lido o primeiro livro da sequência. Com forte crítica social e fantasia vigorosa, é uma ótima leitura para jovens e para não tão jovens [Resenha];

8 - A Garota-Corvo, de Erik Axl Sun: Nada como um ótimo romance policial nórdico para rechear e enriquecer esta lista. Este, no caso, é um soco no estômago e capaz de descrever as piores monstruosidades que pessoas acima de qualquer suspeita podem cometer [Resenha];

9 - Os Meninos da Rua Paulo, de Ferenc Molnár: Clássico da literatura juvenil republicado pela Companhia este ano, mesmo com as necessárias observações de contexto social e histórico, é uma narrativa emocionante e que também tratará das ligações e laços que criamos na tenra juventude, ao mesmo tempo que a expansão urbana representa a cisão entre dois mundos [Resenha];

10 - Não Me Abandone Jamais, de Kazuo Ishiguro: Na esteira do anúncio de Ishiguro como Nobel de Literatura, a Companhia colocou novamente no mercado esta obra significativa do autor, uma primazia do estranho e do absurdo num romance dos que gruda nos leitores tamanho seu impacto narrativo [Resenha].




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