10 Grandes incêndios da literatura

 Segundo SILVA, Fausto "tá pegando fogo, bicho!" No post de hoje o Blog Listas Literárias realizou uma seleção com grandes e marcantes incêndios da literatura, confira:


1 - Pra queimar cortiço: a literatura naturalista no Brasil antecipava em muito o clipe de Another brick in the wall, não à toa a lista abre com duas de suas obras. Em O cortiço, de Aloísio de Azevedo o final da obra é marcado pelo fogo personificado com língua a lamber e boca a engolir as casinhas do cortiço de João Romão num dos incêndios mais impactantes da literatura brasileira;

2 -  Queimando a Escola: O Ateneu é a escola do romance homônimo conhecido por demarcar o fim do império no Brasil. Aliás, o incêndio é muitas vezes visto como metáfora ou alegoria da decadência imperial. O fato é que a escola renomada é engolida pelas chamas, como dissemos, muito antes de Roger Waters;

3 - Batismo de fogo: Em Sangue na lua, de James Ellroy o jovem Lloyd Hopkins tem seu batismo de fogo ao ser colocado no meio dos tumultos ou revolução no distrito de Watts, Los Angeles em 1965. Um batismo de fogo um tanto literal visto as ruas em chamas e fogo e destruição por todos os lados;

4 - Queimando Sr.ª Blake: Se as casas em Fahrenheit 451 são à prova de fogo, os livros são a razão de existir dos bombeiros nesse universo distópico. E uma das passagens mais emblemáticas e um trazer à razão de Montag é quando a Sr.ª Blake prefere arder nas chamas juntos com seus livros; e toda biblioteca ardendo é um incêndio nefasto;

5 -  Nova Iorque em chamas: Não, não estamos falando daquela canção da Tribo de Jah ( oh, lembrança). Incêndios são elementos centrais de Cidade em Chamas, obra feita para ser uma espécie de Ilíada novaiorquina, só que em romance. O livro tem como ápice os incêndios em contraste com o blecaute de 1977, sem falar na discussão do uso do fogo como ferramenta para especulação imobiliária;


6 - Revolta de Porto Real e fogovivo: Nos livros de As crônicas do gelo e do fogo vez ou outra as chamas consomem um pedaço de canto. Um dos mais relevantes (até agora) foi a revolta acontecida quando Tyrion era mão e teve de usar fogovivo na própria capital queimando um bocado de cidade, sem falar em algumas personagens de certa importância que sucumbiram às chamas; na saga de Martin talvez a esperar um incêndio ainda maior, caso os livros se aproximem demais da série;

7 - Incêndio machadiano: No conto Um incêndio Machado de Assis usa o poder da linguagem para fazer do texto um jogo, um jogo em que o leitor e seus personagens são conduzidos pela habilidade do autor, que coloca um destemido marinho a tentar salvar suposta dama das chamas incandescentes, tudo isso com a ironia machadiana que o faz também um grande nome do suspense;

8 - Detroit em chamas: Os anos 60 foram incendiários nos Estados Unidos. Jeffrey Eugenides em Middlesex coloca seus protagonistas negros em meio aos distúrbios de 67 quando em três dias Detroit literalmente incendiou com milhares de focos de incêndio em meio às tensões raciais que sacudiam o país. Entre as arquiteturas lambidas pelas chamas o restaurante de Milton Stephanides;

9 - Essa menina é um fogo só: Stephen King tem o dom de escrever personagens com dons sobrenaturais mas com a plausibilidade das "possibilidades" científicas, caso de Charlie, uma garotinha que é puro fogo, tanto que protagoniza logicamente A incendiária. Em sua jornada muitos incêndios pelo caminho, combustão pura num dos grandes trabalhos de King;

10 - Belo desastre: Na série de livros de Jamie McGuire é um incêndio na faculdade do bad boy Travis Maddox que catapulta não apenas o primeiro livros, mas os demais que partem desta trama, vistos geralmente como spin-off.

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