10 Perguntas inéditas para o escritor Ax Colt

 No post de hoje entrevistamos o escritor o escritor Adriano Machado que lançou sob o pseudônimo Ax Colt o livro Cristais do Planalto - Volume 1. Em nossa conversa detalhes sobre o livro e sobre a literatura brasileira, confira nossas 10 perguntas inéditas para Ax Colt:


1) LL: Primeiramente, podemos te perguntar tudo, ou você é um agente de alguma organização secreta dessa mistura do Brasil com o Egito? 

Ax.Colt.: Respondo com um lacônico “Uhmmmm” e meu olhar de soslaio… (risos)

2) LL: Desculpe-nos pela brincadeira, mas como surgiu o projeto Cristais do Planalto? Que te levou pelos caminhos da conspiração?

Ax.Colt.: A ideia do livro surgiu despretensiosamente. Comecei escrevendo um conto que se tornou o capítulo 1. Depois, outro virou o capítulo que se passa na Chapada dos Veadeiros. Os primeiros leitores gostaram, eu me empolguei, e, dez anos e incontáveis horas depois, foi lançado Cristais do Planalto

3) LL: Falando em conspiração e história, o Egito sempre é fonte de mistérios. Para você, partindo de sua ficção, achas pontos de contato entre a construção de Brasília e o Egito? 

Ax.Colt.: Sem dúvida. Citei vários nos FATOS E NOTAS DO AUTOR, que serve de prefácio em Cristais do Planalto. Creio que mesmo os céticos vão se surpreender. 

4) LL: Aliás, dos pontos em que tocas tua teoria conspiratória, quais aqueles mais te chamam a atenção?

Ax.Colt.: As semelhanças do ex-presidente JK com o faraó Akhenaton, que construiu a cidade de Akhetaton, antiga capital egípcia em formato de avião no centro daquele país, são notáveis.

5) LL: Este seu primeiro livro é o primeiro de uma série. Quantas obras devem surgir deste projeto? Quais seus caminhos?

Ax.Colt.: Cristais do Planalto é o primeiro volume da trilogia Latitude 15. O segundo, Soturno Céu do Cerrado, está em revisão final (agora em maio-2023) e tem previsão de lançamento em novembro de 2023. Sobre o terceiro volume, talvez comece a trabalhar no roteiro em 2024, isso porque estou com outro projeto literário já planejado para o ano que vem. 

 

 6) LL: Seu livro é um thriller bastante intenso. Saindo um pouco dele, o Ax leitor é também um fã do gênero? Quais suas influências e referências literárias?

Ax.Colt.: Minha experiência me mostra que há boa literatura em (quase) qualquer gênero. Assim, não sou fã de nenhum gênero específico. Já li alguns thrillers, gosto de vários, mas ultimamente tenho me inspirado mais em autores clássicos e em obras que citam grandes civilizações (Egito, Grécia, pré-colombianos). 

7) LL: Tratando de literatura, como você observa o mercado editorial brasileiro e as possibilidades para novos autores?

Ax.Colt.: O Brasil é um mercado superlativo em todos os sentidos. Mesmo com o brasileiro médio lendo pouco, nossa população literária (de leitores assíduos) ainda é grande. Para quem deseja escrever, recomendo ler bastante boas obras (confira as dicas do canal da Organização Nova Acrópole no YouTube), escolher um nicho alvo, e praticar a escrita, de preferência sob a supervisão de um bom mestre ou professor. 

8) LL: Voltando ao livro, a obra parte de tons realistas num mergulho de teorias da conspiração, mas flerta com a fantasia. Como você enxerga essas questões em seu trabalho?

Ax.Colt.: Cristais do Planalto se propõe a ser uma ficção indissociável da realidade. Neste sentido, espero inclusive incentivar o leitor a estudar mais a fundo a história do próprio país, para saber separar o fato do mito. Sobre o enredo, pode ser (e deve ser) lido sob várias óticas: uma perseguição policial, o esoterismo do Planalto Central, a jornada do herói, filosofia clássica, e outras que deixo aos leitores interpretar. E lembro aos filósofos que toda lenda é pura verdade…

9) LL: Seu livro tem um diferencial no êxito de demonstrar que podemos incluir o país em meio a conspirações muito antigas. Isso é um feito, não, para um país que é infante na história do mundo?

Ax.Colt.: Somos um país jovem. Mas, através de nossa história, conectado a grandes civilizações e acontecimentos: Portugal e as Grandes navegações, Roma e sua cultura helênica e, por meio desta última, o Egito. Se olharmos aos povos nativos, temos um mar de cultura a ser desvendada. Inclusive, este é o tema do roteiro em que estou trabalhando atualmente. 

10) LL: Para finalizar, aproveitando o gancho anterior, quais os dilemas e desafios de escrever nesse gênero? E quais sua mensagem final para nossos leitores?

Dilema: para muitos, misturar História e ficção é sacrilégio. Dan Brown foi muito criticado por isso (esclareço que não me comparo a ele e que Cristais do Planalto é bem distinto da linha utilizada por aquele autor). Seguir por tal caminho me tomou bons meses de reflexão e planejamento para criar algo verossímil, factível, apesar de ser ficção, e que ao mesmo tempo transmitisse uma mensagem.

Desafios: Cristais do Planalto tem 3 tramas que correm em paralelo. Manter a atenção do leitor nas 3 ao mesmo tempo foi bastante complicado. O livro foi reescrito umas 3 vezes! E ainda realizar toda a pesquisa histórica e mítica me obrigou a ir além do que eu enxergava no início. Inclusive estive no Egito. Foi uma jornada muito gratificante. 

Mensagem ao leitor: Cristais do Planalto foi um livro escrito pensando no leitor. Permita-se conhecer mesmo se não for seu gênero favorito. Se gosta de uma boa história, você não vai se arrepender. 

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