10 Considerações sobre Cristais do Planalto ou essa é a mistura do Brasil com o Egito

Desculpem-nos pelo trocadilho, mas aqui temos uma forte e interessante mistura do Brasil com o Egito. Confira neste post as 10 considerações de Douglas Eralldo sobre o livro Cristais do Planalto, de Ax.Colt:


1 - De ritmo frenético e bem tramado, Cristais do Planalto é um thriller poucas vezes vistos quando falamos do gênero e de literatura brasileira, que realmente nos leva uma página após a outra cada vez mais interessados na leitura de no desfecho da narrativa carregada de mistérios que cercam o Distrito Federal e suas possíveis ligações com a cultura egípcia;

2 - Neste sentido, precisamos partir de dois pontos a serem abordados de antemão. A primeira coisa é reforçar o quanto a narrativa é capaz de prender-nos ao seu desfecho, ao desenrolar dos fatos, e aí, nesse quesito, sem spoilers, mas de antemão gerando expectativas, é preciso dizer que Ax.Colt nos entrega um plot twist dos mais surpreendentes e que colocam em cheque o termo desfecho mas congrega e resume bem o subtítulo Latitude 15 vol 1;

3 - O segundo elemento que desejamos abordar inicialmente o o quão eficientemente o autor consegue imprimir tom próprio à narrativa ao passo que nela reconheçamos também valores que permitem-nos evocar obras de sucesso, já que bebemos aqui influências que permitem-nos colocar a obra entre um Dan Brown com seus códigos e conspirações e um Indiana Jones cuja procura pelo passado é carregado por certa dose de fantasia, e afirmar isso já diz  muito sobre a obra;

4 - O livro percorre esotéricos e exotéricos bebendo em teorias e conspirações que de certo modo não só refletem nosso tempo contemporâneo, como também, estimulam as redes sociais a mergulhar ou mesmo criar boas doses de mistério, nesse caso, os elementos que unem Brasília a antiga cidade de Akhetaton, nesta série de livros, centralizadas por forças que pretendem colocar em marcha antigos poderes e verdades;

5 - Para isso a narrativa em terceira pessoa acompanha dois personagens um tanto peculiares, quanto jovens, "Cuscle" e "Miúdo" cujas jornadas aparentemente são atravessadas pelos segredos místicos da Capital Federal quando testemunham um estranho ritual de desfecho macabro no Templo da Boa Vontade;

6 - É a partir desse testemunho que a jornada frenética dos dois inicia num ciclo carregado de reviravoltas, ação e especialmente novas descobertas que passo a passo revelando que os dois vão sendo absorvidos em acontecimentos à sombra, mas extremamente grandes e em meio a uma disputa muito antiga por poder, um poder aqui mais próximo dos poderes místicos que vemos no imaginário de Indiana Jones, mas com a ação policial de Dan Brown;

7 - Obviamente, como se pede em narrativas da teoria da conspiração, temos organizações secretas que vivem às sombras da sociedade e que arvoram-se detentoras de determinadas verdades ou conhecimentos. No caso dessa obra uma ida ao antigo Egito, aos seus faraós, especialmente o misterioso Akhenaton e a cidade construída por ele, Akhetaton. A partir disso, temos então a mistura do Brasil com Egito e para além dela a entrada em cena de profeciais "relacionadas" ao Distrito Federal, caso das profecias de Dom Bosco. E precisamos dizer aqui que Ax.Colt estrutura e joga com as ideias conspiracionistas que vão interligando diferentes estórias abastecidas com "mistérios" da arquitetura de Brasília;

8 - Assim, na narrativa, como já o dissemos marcada pela ação, os protagonistas percorrem os mais diferentes pontos místicos, não apenas de Brasília, mas do Planalto Central, um lugar que atrai muita gente por causa de seus cristais e, claro, sua aura mística. Esse ambiente se torna perfeito para o clima de suspense que ganha a corrida contra o tempo de Cuscle e Miúdo que sem demora, como se pede no gênero, são também suspeitos criminosos de crimes horrendos;

9 - Mas como é natural aqui no blog, procuramos observar os mais diferentes pontos e perspectivas de nossas leituras, e se o bem afirmamos e reforçamos a qualidade da obra, sinceramente de primeira linha, nem parece autopublicação, ainda restam alguns vestígios de elementos de desencaixe que não nos ficam totalmente claros, em parte porque, como dissemos, esse é o primeiro livro de um série, e é possível aque algumas pontas soltas ao nosso olhar se resolvam no devir da narrativa;

10 - Mas enfim, de modo geral é leitura excelente - conseguiu inclusive segurar este leitura que tem enfrentado um ano de fadiga literária - com ritmo e ação que realmente nos prendem à trama. Ousamos dizer que grandes editoras, caso nos leiam aqui, não percam tempo, já que Cristais do Planalto é carregado de atrativos, não apenas aos leitores, mas ao próprio mercado editorial, que se num projeto e numa logística estruturada é candidato a bestseller.

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