Ah, o amor! Sempre o amor! O amor com certeza já foi inspiração para uma enorme, mas enorme quantidade de romances e grande obras da literatura. O amor e seus ardores, sabores e destemores sempre foi combustível farto para a literatura. Mas nem sempre. Nesse post selecionamos 10 livros em que o amor romântico passa longe, não é sequer vaga lembrança. Confira:
1 - O Hobbit, de J. R. R. Tolkien: Clássico livro da literatura infantil, é um livro que poderíamos enquadra como espécie de obra da "broderagem". O feminino está estirpado da narrativa, mal uma lembrança. Trata-se de "brothers" numa jornada de "brothers". E os caras ali não abrem sequer espaço para situações amorosas. É certamente o livro menos romântico de todos os tempos;
2 - Robinson Crusoé, de Daniel Defoe: Faz tempo que li esse, mas o centro de toda ação é a vida de náufrago em uma ilha solitária, pero no mucho. De modo que o amor, o romance não está no centro dos interesses narrativos. O mais perto disso que temos é a amizade entre Robinson e Sexta-feira. Mas nada de smacks ou corações palpitantes pela pessoa amada;
3 - Perdido em Marte, de Andy Weir: Por motivos semelhantes ao do item acima, o cara ficar perdido noutro planeta e cujo único objetivo é traçar planos para sobreviver deixa o amor em planos bem ao fundo. Bem verdade que diferente dos outros dois acima nesta lista, aqui temos alguma quebra e o amor, o romance surge em triscas coadjuvantes, mas o que não torna a narrativa nem um pouco romântica;
4 - A volta ao mundo em 80 dias, de Jules Verne: Caramba, o gênero aventura, nas narrativas literárias parece não combinar muito com o amor. Nem mesmo para uma fuga apaixonada em meio à viagem. Outra narrativa em que o amor não está no ar, negando o bordão da Viradouro. Talvez uma das razões para não se perder o foco é que uma paixão poderia atrapalhar os prazos e levar à perda da aposta;
5 - Vinte Mil Léguas Submarinas, de Jules Verne: Ah, vamos colocar outro aqui, mas na verdade romance romântico não é a vibe das personagens de Verne. Seus encantos não encontram olhos se não para as maravilhas da natureza e da engenhosidade humana. O amor passa ao largo de suas narrativas;
6 - Meninos da Rua Paulo, de Ferenc Molnár: Não sei se é curioso ou combustível para boas pesquisas, mas em narrativas que muitas vezes são vistas como obras de leitura da "broderagem", para garotos, embora saibamos que tal coisa não exista, ocorre que em muitas dessas obras o amor romântico é uma exclusão, não está presente, caso desse clássico juvenil;
7 - O senhor das moscas, de William Gibson: Ah, as ilhas! As ilhas! Ilhas podem nos fornecer romances como o clássico, apaixonado e quente A Lagoa Azul. Ou podem representar a impossibilidade dos acertos, caso deste livro em que o romance também não está presente. E não é caso de obra de "broderagem", pelo contrário, aqui a masculinidade é incapaz de dialogar e conviver sem conflitos nefastos. Amor nenhum nesse livro. Nem mesmo a amizade por cá tem lá grandes forças;
8 - A guerra dos mundos, de H. G. Wells: Que autor em sã consciência em meio a uma brutal invasão alienígena abriria escapes para o amor romântico. Não rola, claro. Ou deveria rolar? Mas enfim, aqui o amor é também vaga lembrança apenas no fato de ser o protagonista um homem casado;
9 - Círculo Negro, de Catherine Fisher: Quando uma narrativa se dedica à fantasia e por meio dela a da problemática entre irmãos, não há muito espaço para o amor romântico, que se aparece, é por nesgas, já que o foco e a lembrança que o livro deixa é justamente a tentativa de acerto fraterno;
10 - A menina que semeava, de Lou Aronica: Fechamos uma lista em que o amor romântico não está presente, mas amigos, que história de amor. Um livro bem emocionante mesmo e que se embora não traga o amor romântico, é uma demonstração das tantas possibilidades e "categorias" do amor. Nesse caso um amor inquebrável e de final que te pega.