1 - Caçadas de Pedrinho, de Monteiro Lobato: No Brasil ao que se parece a fama e a glória não são permanentes. Que o diga Monteiro Lobato, considerado um dos principais ícones da literatura cuja obra é reconhecida nacionalmente e internacionalmente, agora vive constantemente no banco dos réus, geralmente tendo sua obra acusada de racismo. A polêmica é tanta (e aqui não pretendo entrar no mérito da questão) que Caçadas de Pedrinho foi parar no STF em ação que busca a proibição da publicação do livro na rede de ensino pública.
2 - Cinquenta Tons de Cinza, de E. L. James: O livro chic erótico em si não foi banido ou queimado em praça pública, mas o fato de seus números assustadoramente astronômicos com vendas que podem superar até mesmo os restante de todos os demais livros contidos na lista de mais vendidos juntos acaba gerando uma intensa discussão em torno da obra, entre os que a detestam, e os que gostam. E resultado disso já conhecemos, são mais vendas.
3 - A Dança dos Dragões, de George R. R. Martin: O texto denso de Martin já seria o suficiente para gerar polêmicas, bem como a árdua briga criada entre seus fãs e os de Tolkien. Mas esse livro entra paea essa lista simplesmente pela polêmica se dar num dos grandes micos do ano, por causa da ausência da de um de seus capítulos, fato que acabou gerando muito provavelmente o primeiro recall de livros da história.
4 - Geração Subzero, 20 Autores Congelados pela Crítica, mas Adorados pelos Leitores, de Vários: A polêmica deste livro está justamente na materialidade da disputa entre a literatura tida como comercial, e a literatura erudita, trazendo novos contornos para o debate e jogando números para contribuir para coma a briga. O engraçado é que justamente este ano a literatura tida comercial em especial, a fantástica tem enfim saído dos blogs e sites e chegado a jornais e outras mídias tradicionais;
5 - Joseph Anton - Memórias, de Salman Rushdie: Só o fato de resgatar lembranças de um tempo amargo depois de o aiatolá Khomeini, líder supremo do Irã, acabara de emitir uma fatwa contra ele - uma espécie de sentença de morte, lançada ao mundo todo. Seu crime? Ter escrito o romance Os Versos Satânicos, obra acusada de ser "contrária ao Islã, ao Profeta e ao Corão. O livro deve ser um dos grandes sucessos do ano;
6 - Violetas e Pavões, de Dalton Trevisan: A retirada do livro da lista de leituras para o processo seletivo do Coluni, eleito o melhor colégio público do país, após a pressão de pais e entidades gerou uma intensa discussão que extrapolou o ambiente da escola e tomou o país provocando um intenso debate quanto ao teor do debate;
7 - Ulysses, de James Joyce: Não, não há tempo para velhos clássicos voltarem à tona e verem-se em polêmicas. Bastou que Paulo Coelho dissesse que o romance poderia ser reduzido a um tweet para a polêmica ganhar contornos de guerra mundial, e ganhar os jornais internacionais como o The Guardian. Inclusive uma lista de 7 autores toparam o desafio reduzindo a obra a um único tweet;
8 - Nada a Perder, de Edir Macedo: Escrito por um dos mais emblemáticos personagens da sociedade brasileira, o bispo Edir Macedo, o livro já é um dos grandes sucessos editoriais de 2012 e figura tranquilo nas listas de mais vendidos.
9 - Sua Santidade, de Gianluigi Nuzzi: A Leya deve lançar em novembro o livro do jornalista italiano que revelou os segredos do vaticano do Papa e resultou no processo que a Santa Sé move contra o ex-mordomo de Bento XVI;
10 - Livro da Rosane Collor: Enfim, até onde eu sei a promessa sequer chegou as livrarias, mas uma das grandes decepções do ano foi a alardeada entrevista de Rosane Collor prometendo revelações exclusivas sobre o ex-presidente que depois de ir ao ar não passou de simples e mera propaganda sobre o livro que estava escrevendo em parceria com um jornalista;
Lobato é gênio e como todo artista,é imcompreendido!ele retratava o brasil na época dele,com esteriótipos!as pessoas q o criticam são analfabetos que adoram ler GAYpúsculo!
ResponderExcluir"Gosto é gosto", tem quem goste de livro comercial, erótico, biográfico, etc., respeitar o gosto alheio é o mínimo que se pode fazer. Agora mexer em livros de indiscutível valor literário como os de Monteiro Lobato é o cúmulo da ignorância. É obvio que uma série de situações que foram descritas na época hoje não são mais aceitavéis, mas uma pessoa inteligente usaria isso como objeto de discussão da evolução da humanidade, por exemplo. A demonização de escritores que retatraram uma época como ela era é absurda, injusta e inadmissivel.
ResponderExcluirFaltou O Evangelho Segundo Jesus Cristo, do Saramago, esse sim é polêmico.
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