10 Coisas que blogueiros, youtubers e outros influenciadores literários jamais deveriam fazer

 De uns tempos para cá tenho percebido certa animosidade entre autores e influenciadores literários [detesto e não concordo com o termo, mas é assim que muita gente se vê ou se quer como conceito] com queixas de lá e de cá. Algumas com alguma razoabilidade, outras nem tanto. Neste post partindo de algumas dessas publicações que esperava não partir dos leitores literários. Confira:


1 - Se queixar ou não receber material não informado ou solicitado: Me parece cada vez mais comum, especialmente em influenciadores mais famosos, certa arrogância a tal ponto de queixarem-se de recebimentos não solicitados, espacialmente de autores estreantes ou independentes. caramba, essa foi toda a lógica que impulsionou os blogs [depois vieram Youtube, Instagram, etc...] e causou certa "revolução" no mercado. A possibilidade de os autores terem seu trabalho analisado para além do caderno literário de um jornal. Essa foi a alma da coisa e que ajudou muita gente a conquistar espaço entre leitores. Por isso acho tão absurdo que hoje grande parte dos canais só exista para relacionamento com o mercado editorial e a parceria com editoras;

2 - Indisponibilidade a novos autores: Por diferentes razões muitas dessas mídias de divulgadores e influenciadores simplesmente se fecha a qualquer novo diferente e fora do sistema do mercado editorial. Não arriscam conhecer nada de diferente, de novo que não esteja com um selo de uma editora ou esteja em seu centro de interesse. A literatura é feita de novidades e incertezas, e ainda que nos deparemos com coisas muito ruins, há sempre e sempre ocorre a possibilidade de nos encontrarmos com obras interessantíssimas;

3 - Cobrar por resenhas: Assunto que dá pano pra manga e que já abordamos neste texto; [Sobre nossas resenhas aqui]

4 - Intelectualóides canônicos: Uma parcela, até parece-me não muito grande, para além de não se mostrar nem um pouco disposto ao novo, adora bancar o intelectual restringindo suas próprias leituras ao cânone já estabelecido. Consideramos isso uma pobreza intelectual, afinal, é bem mais fácil seguir a trilha asfaltada do que conhecer novos caminhos. Pensamos que canais plurais são mais interessantes aos leitores;

5 - "Não me divulgue seu livro!": Conheço os diferentes lados da moeda e posso afirmar o quão complicado é para novos autores encaminharem um press release a blogs e influenciadores. Tem quem até se ofenda com a tua ousadia, ainda que recebam press releases de editoras comercias e tantos outros;

6 - Perder a paciência com autores: Em mais de 10 anos de Listas claro que houve aqueles momentos de estresse com autores. Mas isso é quase nada diante a grande, imensa maioria de contatos para lá de legais e bacanas. Por isso, às vezes há de se relevar, por na conta da falta de experiência ou estrelismo ineficaz e deixar passar aquela ameaça ou outra perdida [sim, tem os que não gostam muito do que tu escreves]

7 - Não ter uma política clara de atendimento aos autores: Cremos que é importante que as mídias literárias possuam políticas claras sobre as formas de contato e as possibilidades de parceria com autores para que justamente se evitem falhas comunicativas;

8 - Cobrar caro por divulgação: Cada um sabe do seu, inclusive autores, mas muitos dos valores que são cobrados por algumas mídias literárias são absurdos se comparado ao mercado editorial de livros. Isso, falo, no que se refere a publicações de pequena ou média tiragem. Há de se considerar a realidade de autores independentes e de edições que muitas vezes partem de 100, 200 exemplares;

9 - Ser um influenciador, não um crítico: Acho que esse é um dos maiores problemas, a invasão de influenciadores no universo literário. Há toda uma ideologia e um conceito por trás da palavra influenciador que na prática independe de qualquer análise crítica da obra. O influenciador mata o crítico, dispensa-o, tudo vira negócio e fama, e podemos estar enganados, mas não é a literatura que de modo geral reflete criticamente sobre tudo isto?

10 - Defender governos e políticos que são contra os livros, a literatura e a educação: Preciso dizer mais?!

  

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