10 Considerações sobre Agente do caos - The X - Files origens, de Kami Garcia ou sobre a verdade que está lá fora

O blog Listas Literárias leu Agente do caos da série The X Files Origens, de Kami Garcia publicado pela editora Harper Collins Brasil. Neste post as 10 considerações de Douglas Eralldo sobre o livro, confira:

1 - The X files origens é a série de publicações que procura contar a história dos primórdios da dupla investigativa que fez sucesso e se tornou ícone da televisão, Fox Mulder e Dana Scully. Já lemos aqui Advogado do Diabo que narra a juventude de Scully, enquanto Agente do caos traz a primeira investigação de Fox Mulder ainda na saída da adolescência;

2 - Kami Garcia embora com pinceladas de ficção científica, que neste livro estão mais insinuadas pelas teorias da conspiração e pelos agentes que acompanham as peripécias de Mulder dá à obra tons mais próximos dos thrillers nuns anos setenta marcado por diferentes grupos esotéricos e ocultistas e uma série de crimes a serem desvendados, tudo isso mais próximo do romance policial que a FC que caracteriza a série de televisão;

3 - No livro temas as características básicas dos romances juvenis marcados pela aventura. Nele, um Fox Mulder atormentado pelo desaparecimento da irmã em vias de escolher seu futuro na universidade e às turras com um pai que desistira da família se vê mergulhado numa investigação que além de mexer com seus traumas, irá colocá-lo em risco. Ele e seus amigos;

4 - Tudo gira em torno do assassinato de crianças desaparecidas que interliga-se a uma série de assassinatos que Major, pai de Gimble, amigo de Mulder cogita ser obra de alienígenas. Reunindo as pistas que encontra pelo caminho Mulder então atravessará as investigações usando de seus talentos para uma investigação pessoal enquanto não convence os policiais da natureza dos crimes;

5 - Para tanto, o livro procura trazer alguns talentos e características de Mulder, especialmente a impulsividade e a memória fotográfica, o que para a atuação de um detetive é fundamental. Além disso, sua memória fotográfica e a facilidade de reter informações servirão ainda para justificar os caminhos que levarão Mulder aos Arquivos X;

6 - Isso posto, vale dizer que o ritmo com que Kami Garcia vai dando forma às origens de Mulder é bastante dinâmico, numa narrativa marcada pela agilidade dos acontecimentos, ainda que preserve algum momento para a lentidão necessária às reflexões mais complexas do personagem tão icônico;

7 - Nesse sentido vale dizer mais uma vez retomando as características dos thrillers, é uma narrativa da ação vertiginosa que acelera quão mais próximo Mulder aproxima-se da resolução do caso. Assim é uma obra marcada pela ação, pelas surpresas e reviravoltas tão caras ao gênero. Todavia, a despeito das reviravoltas e do aparente realismo que tenta fugir das teias conspiratórias, alguns desfechos de personagens do livro servirão para aquela proposital não solução dos fatos e plantação de dúvidas conspiratórias que são o combustível da série;

8 - Além disso tudo, vale destacar a ambientação temporal construída pela autora. Há uma busca por trazer as principais referências da cultura pop nascida naquela época, tais como Jornada nas Estrelas, Guerra nas Estrelas e Dungeons & Dragons, o que pode ser um atrativo a mais para fãs nerds;

9 - Por outro lado, como a intenção não é a história policial dentro da história de Mulder, esta pode parecer deixar algumas questões ou em aberto, ou resolutas de forma mais apressada, mas isto, se fomos procurar julgá-la enquanto thriller policial. Com é uma narrativa de origens, em termos gerais é possível estabelecer bons e condizentes parâmetros a Fox Mulder;

10 - Divertido e num ritmo um tanto alucinante, para além do interesse em desbravar as raízes e origens de Fox Mulder, Agente do caos tem um enredo atraente e trás uma ambientação que marca uma época que ainda hoje influencia nosso presente. Uma boa pedida para leituras descompromissadas.



Postar um comentário

Postagem Anterior Próxima Postagem