10 Considerações sobre O Jogo de Ripper, ou porque não se deve meter o bedelho onde não foi chamado...

O Blog Listas Literárias leu O Jogo de Ripper, de Isabel Allende, publicado pela Bertrand Brasil, e publica neste post suas 10 considerações sobre o livro:

1 - O Jogo de Ripper, de Isabel Allende é um thriller despretensioso que enreda seu leitor em sua teia narrativa nos aproximando dos personagens e nos ambientando com os crimes num primeiro momento que nos parecem desconexos, para então nos levar a um desfecho eletrizante cheio de reviravoltas e descobertas;

2 - Ao nos colocar acompanhando a jovem, perspicaz e inteligente Amanda juntamente com seus companheiros de jogo de RPG Ripper, o qual salta da fantasia para a realidade quando decidem elucidar crimes reais de São Francisco, Isabel Allende abre as portas para uma série de crimes num enredo que irá tratar de assuntos como os efeitos colaterais das guerras, a ineficiência do estado, justiça, e especialmente modos distintos de viver a vida;

3 - Com uma desenvoltura narrativa e um texto cativante o livro possibilita que o leitor devore-o com rapidez, ao mesmo tempo que deseja acompanhar um pouco mais suas personagens;

4 - No princípio o livro se detém em nos apresentar suas personagens e suas distinções que as tornam muito características que as tornam únicas e verdadeiras, para depois mergulhar de fato nos crimes acontecidos que tão somente por causa do trabalho de Amanda e dos participantes do Ripper acabam ganhando a atenção merecida;

5 - Amanda aliás, juntamente com seu avô Blake, conduzem com maestria essa investigação que acaba envolvendo espiões ex-militares, a polícia, o FBI, numa jornada que como abre-se logo no início do livro é uma verdadeira corrida contra o tempo;
















6 - Porém, é importante falar que a um fã da literatura policial, às vezes um tanto quanto exigente, o desfecho final embora bem amarrado e concluído pode parecer carecer mais alguns detalhes, especialmente sobre um aprofundamento maior da escolha pelo sequestro da mãe de Amanda;

7 - Mesmo com esse detalhe que a mim ao menos foi notado a trama se amarra com muitas virtudes especialmente pela motivação pouco usual dos crimes que acontecem na trama;

8 - Talvez em menos evidência no livro mas que pensei interessante comentar é a tão comum distância entre os pais e seus jovens filhos (mesmo no caso do livro se tratando de jovens pais) especialmente em relação do desconhecimento que possuem os pais muitas vezes sobre a capacidade dos filhos de absorverem e compreenderem o mundo, como no caso de Amanda cuja juventude não lhe atrapalha de observar coisas tão perversas quanto crimes brutais; Ainda nesse sentido, seus pais, mesmos receosos com os estranhos e exóticos hábitos da filha também não conseguem de forma alguma afastá-la do interesse por autópsias e laudos policiais;

9 - Além de toda investigação e as pistas deixadas pelo livro, O Jogo de Ripper ainda entrega ao seu leitor muita ação e movimento, e um final capaz de surpreender os leitores, principalmente o destino dado a determinadas personagens;

10 - Enfim, O Jogo de Ripper é um livro inteligente e bastante movimentado que leva seus leitores a uma perseguição implacável numa investigação que chama a atenção por seus peculiares e nerds investigadores.



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