10 Melhores contagens regressivas da literatura

 Há várias formas com que os escritores encontram para estabelecer suspense e tensão em suas narrativas, especialmente nas policiais. Característica dos thrillers, mas não exclusivamente neles, um dos elementos de grande impacto na construção de tensão nos leitores é a inclusão da contagem regressiva nas narrativas literárias. O tempo, por certo, nossa espécie de inimigo eterno, nesses casos é acelerado e em muitos casos, a contagem pode dar início ao fim dos tempos. Selecionamos neste post as 10 melhores contagens regressivas da literatura, confira:


1 - E não sobrou nenhum, de Agatha Christie: Um dos mais interessantes livros da rainha do crime, aqui a contagem regressiva se dá justamente pelos mortos que começam a tombar: Dez soldadinhos saem para jantar, a fome os move/Um deles se engasgou, e então sobraram nove; Uma contagem regressiva estabelecida pelo poeminha infantil que principia uma carta de intenções e cuja contagem se dá pelos corpos que surgirão então no decorrer no romance até seu verso final, e não sobrou nenhum;

2 - Os ratos, de Dyonélio Machado: “Lhe dou mais um dia!” diz o leiteiro a Naziazeno, para que este quite a dívida. A ameaça paira sobre a cabeça do pobre diabo durante 24 horas em que ele adentra a uma estranha jornada na tentativa de levantar o dinheiro e com isso estabelecendo um contagem regressiva que divide leitores entre a pena e o ranço para com o protagonista incapaz de lidar com o problema. Aqui a contagem regressiva pesa sobre o protagonista e atira o leitor a uma interessante jornada temporal numa discussão interessante sobre o que nos constitui;

3 - Clube da Luta, de Chuck Palahniuk: Mais um livro em que a contagem regressiva não está numa narrativa policial. Ela surge como principal característica da contagem regressiva em medo popular e icônico: o timer de uma bomba por explodir; a explosão promete-se o ápice da narrativa anárquica em que de forma sedutora e instigante ao mesmo tempo que questiona o sistema, trata da adesão das massas e da procura humana por grupos, por mais estranhos que possam parecer;

4 - O silêncio dos inocentes, de Thomas Harris: Num thriller nem sempre a contagem regressiva se dá de forma explícita, fica implícita no escaço do tempo em que algo precisa ser realizado, como ocorre quando Catherine é sequestrada pelo serial killer Buffalo Bill em O silêncio dos inocentes. Filha de uma senadora da república, o FBI e especialmente Clarice Starling precisam correr contra o tempo para encontrá-la viva e não como um cadáver desovado, o tempo passa a ser inimigo da investigação;

5 - Fortaleza digital, de Dan Brown: Todos nós sabemos que o cara gosta de códigos e fórmulas, inclusive problemas de física a serem resolvidos em Um minuto... Dez segundos... Cinco... Quatro... para que o mundo não vá aos ares, de modo que Susan encarna a típica cena de ter de interromper a contagem no último segundo;  

6 - O sexto homem, de David Baldacci: Outro thriller cheio de códigos e ameaças contra a segurança global. No caso da contagem regressiva aqui dá-se pela contagem de horas faltantes acerca de uma negociação complicada com a presença de reféns;

7 - O colecionador de peles, de Jeffery Dear: Falando em gente que gosta de mexer com e colecionar pele humana, nesse thriller a contagem é demarcada pela precisão de um relógio ventura, instrumento que O relojoeiro sincroniza ao alarme de incêndio em seu planejamento de caçar mais uma vítima;

8 - Perdido em Marte, de Andy Weir: Nem todo thriller precisa ser narrativa policial, pode ser também uma fantástica aventura espacial, como nessa jornada de Mark Watney; Há no interior do livro, claro diferentes e pequenas contagens regressivas, afinal, contar faz parte de vida dos astronautas, especialmente se ele tem de sobreviver num planeta inabitável; mas certamente a contagem mais relevante presente é o tempo escaço que o astronauta tem para ser resgatado de Marte;

9 - Crônicas do invisível, de Douglas Alfini Jr.: Achamos esse livro bem interessante, especialmente o conto que nos entrega uma contagem regressiva estabelecida pelo curioso e estranho cardápio de uma Casa da Sopa. Ao passo que as variedades vão desaparecendo a cada consumo, o leitor percebe que derradeira contagem regressiva se estabelece, aquela que nos é inevitável;

10 - 172 Horas na Lua, de Johan Harstad: Imagina a apreensão de quem está para ir à lua numa missão que lhe pode ser muito importante. No livro temos uma contagem que começa com 16 horas de um tempo que passa como "uma lesma grudenta e preguiçosa" espichando-se por algumas páginas até a decolagem da missão;

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