O livro 'Inspetor Sopa e o crime do mosteiro' (Ed. Raiz, 2021) que foi lançado no dia 18 de novembro, assim como no primeiro volume da série 'Inspetor Sopa e o último copo' (Ed. Raiz, 2019), vários bairros do Rio e estabelecimentos tradicionais são o cenário por onde circula o detetive Sopa, personagem principal. Confira trechos dos dois livros:
1 - Angu do Gomes - "Bom e barato, por mais de duas décadas o angu esteve nas famosas e democráticas carrocinhas de rua. Ricos, pobres, universitários, prostitutas, apontadores do Bicho e intelectuais se reuniam para compartilhar o prato que é ainda hoje um símbolo de resistência do Rio Antigo. Conta a história que Sérgio Mendes, Tom Jobim e o produtor musical Armando Pittighani se encontravam com frequência na praça XV para comer o angu na mais famosa das carrocinhas. Segundo o produtor, foi dessa união entre músicos e angu que nasceu o samba-jazz. Anos depois, a carrocinha virou um restaurante no largo São Francisco da Prainha." Rua Sacadura Cabral, 75 - Saúde
2 - Leiteria Mineira - "A Leiteria foi inaugurada na Galeria Cruzeiro, que fazia parte do Hotel Avenida, na Rio Branco, Centro do Rio. Em 1950 demoliram o Hotel, e a loja se mudou para a rua São José. Depois, já na década de 1970, mudou-se para a rua da Ajuda, onde está até hoje. O Sopa gostava de ficar ali, onde ninguém o perturbava, refletindo sobre o andamento dos casos, especialmente no inverno. O mingau de aveia, um clássico da casa, vinha fumegando, polvilhado de canela, em generosas porções, o suficiente para mantê-lo bem alimentado por todo o dia." Rua da Ajuda, 35 - Centro
3 - Mercadão de Madureira - "Mercadão de Madureira se confunde com a história do próprio bairro: no início, uma grande quitanda de hortifrutigranjeiros, teve origem na República Velha, em 1914, quando foi inaugurado o primeiro Mercado de Madureira, ponto de venda de produtos agrícolas. Em 1916, mudou de sede e passou por uma ampliação em 1929, ano em que o presidente Juscelino Kubitschek inaugurou o novo Mercadão de Madureira, onde se encontra até hoje." Av. Ministro Edgard Romero, 239 - Madureira
4 - Casa Villarino - "Fundada por espanhóis em meados de 1953, localizada no centro do Rio de Janeiro, a Casa Villarino virou símbolo e referência da boemia carioca, onde, ao final do expediente, poetas, intelectuais, músicos, servidores públicos das repartições próximas se encontravam, numa conjunção cósmica improvável mas eficiente a seu modo. Foi nas mesas da Villarino que, no verão de 1956, Tom Jobim foi apresentado a Vinicius de Moraes por Lúcio Rangel a fim de musicar a peça Orfeu da Conceição." Av. Calógeras, 6 - Centro
5 - Adega Flor de Coimbra - "A Adega Flor de Coimbra orgulha-se de ser a mais antiga do Rio de Janeiro, fundada há mais de setenta anos no principal ponto da boemia da cidade, próxima à Escadaria Selarón que, recentemente, junto com o Pão de Açúcar e o Corcovado, se tornou rota obrigatória dos turistas. A adega portuguesa é um restaurante pitoresco, numa ruela um pouco escondida, e se destaca pelo bolinho de bacalhau, pela bacalhoada, pelos pastéis de nata e outras especialidades portuguesas." Rua Teotônio Regadas, 34 - Centro
6 - Amarelinho da Cinelândia - "Nas noites e madrugadas quentes de verão, em mesas de bares e cafés espalhados pela cidade, começaram muitos dos fatos importantes da memória do Rio. Amarelinho da Cinelândia é uma espécie de síntese dessa imagem, concretizada em forma de bar. Fundado em 1921, na Cinelândia, o então Café Rivera passou a ser conhecido como Amarelinho, apelidado assim carinhosamente pelos cariocas em decorrência da cor predominante das paredes externas do edifício." Praça Floriano, 55 - Centro
7 - Amarelinho da Glória - "O Amarelinho da Glória, do outro lado da calçada da delegacia, é uma filial menos famosa mas não menos pitoresca do Amarelinho da Cinelândia. E, por conveniência, o Sopa o elegera como sua sede de meditação, uma extensão da delegacia, onde os garçons o conheciam pelo nome e sabiam de cor seus pedidos e seu estado de humor." Ladeira da Glória, 8 - Glória
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