No post de hoje voltamos a falar aquela lista em que compartilhamos as diferenças entre os livros e os filmes. No de hoje, partindo de uma nova olhada no filme, compartilhamos as 10 diferenças entre o livro e o filme Jurassic Park. Confira:
1 - Mais violento e sangrento: Embora tenhamos uma cena de um tiranossauro comendo um cidadão obrando, uma das grandes diferenças entre a adaptação e o livro é caráter sangrento da violência, no livro mais crua e mais próxima do suspense e horror que o espírito de aventura do filme;
2 - Hammond: Uma diferença bem crucial entre as obras está a constituição do personagem Hammond. No filme há certa empatia para com esse senhor, mais um cientista utópico que o financista ganancioso e ardiloso que vemos no livro, quase um sociopata despreocupado com a vida alheia;
3 - Fora da ilha: Outra questão relevante é que no livro já se desenha o fato dos dinossauros estarem saindo da ilha Nublar. Ocorre que no livro temos certo espaço fora da ilha com maior relevância para a trama, enquanto no filme o espaço dentro da ilha será preponderante;
4 - Dr. Grant e Ellie: Também crucial para as exigências do cinema, a relação entre Grant e Ellie é totalmente diferente no livro e no filme. No livro Ellie longe de ser um affair de Grant, é apenas uma estudante que possui outra relação amorosa. Mais do que isso, no livro Ellie é um tanto objetificada e fetichizada pela narrativa;
5 - As crianças e a inversão: Há uma discussão sobre como o livro aborda suas personagens femininas. Lex, a neta de Hammond no livro é pintada com as piores cores. Crichton a faz realmente uma garota insuportável, irritante. No filme parece que ocorre certa inversão, pois Tim é bem mais irritante do que ela;
6 - Apagamento do biocapitalismo: Se algo que o filme faz é reduzir a discussão proposta no livro sobre os avanços genéticos a partir da sociedade de consumo. A relação da biotecnologia e o consumo é a base crítica do romance e está presente em todo o livro, enquanto no filme isto é bastante esmaecido, em parte pela visão utópica que creditam a Hammond;
7 - Cenas icônicas distintas: Algumas cenas icônicas que marcaram o filme, como a do banheiro, simplesmente não existe no livro, ou como no caso da cozinha que se dá de maneira bastante distinta;
8 - Ian Malcom: Uma diferença bem grande está no papel de Malcom. O filme até resume algumas das frases icônicas que também hão no livro, contudo, no filme o papel do matemático é bastante reduzido em seu protagonismo se comparado ao livro, que vejamos, são suas teorias que inclusive organizam a estrutura da narrativa;
9 - Nedry: O programador e sabotador do parque no livro é bastante discreto no livro, diferentemente da postura caricata e confrontadora que vemos no filme. A própria lógica da sabotagem é um tanto mais aprofundada no romance;
10 - O final: O final do livro é cheio de descobertas e promessas futuras. Também mais tenso e carregado de adrenalina. Nisso repete-se a postura bastante distinta entre livro e filme. O livro possui final típico do suspense, enquanto o filme há aquele refresco da jornada vencida e a permanência do olhar utópico.
Olá,
ResponderExcluirConfesso que não sou muito fã da história, não faz muito meu gênero, mas já assisti algumas vezes o filme, afinal, meu sobrinho é viciado e não dá muito para escapar. Como tenho essa noção da história, foi bem interessante ler sobre as diferenças entre as obras.
Beijo!
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boa noite e achei a crítica foda demais, no melhor sentido. eu também tive as mesmas impressões ao comparar as duas obras – umas em maior perspectiva, outras em menor. mas praticamente todas batem.um dia, UM DIA, vou escrever um artigo sobre esse paralelo, tal qual fiz com livro e filme de Caçada ao Outubro Vermelho.
ResponderExcluirno mais, valeu pelo blog, eu sigo faz um tempão e sempre ‘tô lendo.
HAIL!!!