10 Escritores brasileiros que deveriam estar nos 70 de Frankfurt

O anúncio da lista de 70 autores brasileiros a irem na caravana que representará a pluralidade da literatura brasileira da Feira do Livro de Frankfurt, como não poderia deixar de ser quando se trata de lista, trouxe à tona muita polêmica. E de fato, muitas ausências, e algumas presenças questionáveis, dão o tom de uma lista, que no fundo acaba não representando toda a pluralidade da literatura brasileira. Por isso selecionei nesta lista, 10 autores que deveriam estar entre os 70 de Frankfurt:

1 - Eduardo Sphor: Sphor é um fenômeno editorial que deveria ser explorado, e seu esquecimento me parece um dos mais acintosos, pois poucos autores nacionais conseguiram alcançar números como A Batalha do Apocalipse, superando as centenas de milhares de livros vendidos, na versão nacional de de sucessos como As Crônicas do Gelo e do Fogo do cultuado George R. R. Martin. Além disso, sua ausência escancara não haver tanta pluralidade assim, já que certamente a representação de nossa alta fantasia seria bem vista lá fora. Além disso, ser plural, é também reconhecer o gosto dos jovens, especialmente da geração nerd.

2 - Leticia Wierzchowski: Autora de uma vasta obra, que além de grande repercussão atrai leitores e crítica também merecia presença na lista, visto que seus romances fazem uma importante leitura de parte do nosso país;

3 - Ariano Suassuna: Sem sombra de dúvidas, um dos maiores pensadores brasileiros, dono de uma obra que dá vida ao nordeste do Brasil não poderia ficar de fora. Aclamado por leitores e críticos, imortal da ABL, simplesmente preteridos por nomes cuja relevância cultural não chegam a 5% de Ariano Suassuna:

4 - Edney Silvestre: Fica complicado compreender como um dos mais premiados autores contemporâneos é esquecido de uma lista, que na prática, servirá para mostrar o que possuímos de bom na literatura nacional. Sua ausência na lista colabora bastante para as polêmicas;

5 - Raphael Draccon: Embora eu também deseje ser plural na minha lista de 10, há vários motivos para também não perdoar os esquecimento do escritor de literatura fantástica, que além de autor renomado e conhecido pelos leitores brasileiros, e também fora do país, é um editor de grande faro, e que entre os 70 teria muita contribuição para dar, e vender a literatura nacional lá fora.;

6 - Thalita Rebouças: Ah tá, fala sério! Desculpem a brincadeira, mas a autora merecia mesmo atenção da lista, que aliás, me deixou a impressão de ter problemas com best-sellers. Com mais de 1 milhão de livros vendidos podem anotar aí, que muitos jovens tomaram gosto pela leitura com seus livros. Só mesmo no Brasil se vê a tentativa de esconder sucessos editoriais. Até onde saiba outros países não se envergonham de seus best-sellers;

7 - Luiz Alfredo Garcia Roza: Um dos principais nomes da ficção policial brasileira deveria ter cadeira cativa quando se trata de mostrar nossa pluralidade.

8 - Luís Fernando Veríssimo: Disparado dono de um dos melhores textos do país, além de toda sua versatilidade, seja com crônicas, ou em romances. Não poderia ter ficado de fora.

9 - Ferreira Gullar: Posso estar engando, mas é a principal referência poética viva no país. Só isso basta para justificar sua inclusão nos 70 de Frankfurt. 

10 - Ryoki Inoue: Quando se fala em pluralidade, certamente isso se encontra na obra do escritor mais prolífico do mundo, um recorde que deveria de certa forma nos orgulhar. Respeito muito quem consegue escrever mais de 1.000 livros, e ainda se dar o luxo de menosprezar grandes editoras. Eu o incluiria na lista.

* Obviamente na minha lista continua faltando nomes. Diga a sua lista nos comentários:

6 Comentários

  1. Concordo com tudo dito aí. Mas eu acredito( e espero) que o Luis Fernando Veríssimo foi deixado de fora pois ele esteve internado muito recentemente com um problema sério de saúde.

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  2. O Raphael Draccon expôs considerações bem lúcidas sobre o assunto em seu blog. Vale a pena dar uma conferida.

    http://www.raphaeldraccon.com/blog/?p=4176

    Abraços,
    T.K. Pereira – o Escriba Encapuzado
    _________________________________
    http://escribaencapuzado.wordpress.com/
    https://www.facebook.com/escribaencapuzado

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  3. Com relação ao Ariano Suassuna, tem aquele porém: ele se gaba de nunca ter saído do Brasil e já disse que espera nunca sair. Se ele recusou convites anteriormente, quando era mais jovem, por não gostar de viajar, imagina agora que tem 85 anos?

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  4. Suassuna, Veríssimo, Gullar e Edney Silvestre não deveriam está fora de nenhuma lista.

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  5. Jorge Luiz Calife não deveria estar de fora da lista.

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  6. Concordo com tudo, mas faço uma menção especial ao Luís Fernando Veríssimo: Em minha opinião é o melhor cronista da história da literatura nacional. Jamais poderia ter ficado de fora.

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