10 Livros de Jorge Luis Borges para ter na estante...

1 - Ficções: No livro estão alguns de seus textos mais famosos, como Funes, o Memorioso, cujo protagonista tinha mais lembranças do que terão tido todos os homens desde que o mundo é mundo; A biblioteca de Babel, em que o universo é equiparado a uma biblioteca eterna, infinita, secreta e inútil; Pierre Menard, autor do Quixote, cuja admirável ambição era produzir páginas que coincidissem palavra por palavra e linha por linha com as de Miguel de Cervantes; e As ruínas circulares, em que o protagonista quer sonhar um homem com integridade minuciosa e impô-lo à realidade e no final compreende que ele também era uma aparência, que outro o estava sonhando...

2 - O Aleph: O livro se abre com "O imortal", em que temos a típica descoberta de um manuscrito que relatará as agruras da imortalidade. E se fecha com "O Aleph", para o qual Borges deu a seguinte "explicação" em 1970: "O que a eternidade é para o tempo, o Aleph é para o espaço". Como o narrador e o leitor vão descobrir, descrever essa idéia em termos convencionais é uma tarefa desafiadoramente impossível... + no Submarino

3 - O Fazedor: O livro é uma espécie de miscelânea de contos, ensaios e poemas líricos. Quando foi publicado em 1960, o traçado aparentemente aleatório de seus passos dava a exata imagem do autor, que sempre apreciou os livros que podem ser abertos em qualquer página sem causar decepção. Esses textos curtos, de grande complexidade e força imaginativa, admiravelmente bem escritos em sua concisão, foram incluídos pelo crítico Harold Bloom em seu cânone da literatura ocidental... + no Submarino

4 - O Outro, O Mesmo: A imagem do rio inesgotável que passa e permanece, refletindo um "Heráclito inconstante", sempre outro e o mesmo, está talvez na raiz desta coletânea. Os motivos do duplo, do tempo e da alteridade são constantes do fluxo intermitente e simbólico em que se transformou a emoção poé-tica para Borges ao longo dos anos ?... + no Submarino

5 -Seis Problemas para Don Isidro Parodi: Tudo é jogo nesse livro que, ao mesmo tempo, é pura literatura, no sentido de ser ficção e nada além de ficção. A ficção, portanto, é um jogo, cujas peças são as palavras, cujos jogadores são os autores e os leitores e cujo tabuleiro, parodiando Borges, talvez seja a realidade. A começar do nome do autor, Honorio Bustos Domecq, que é então honrado (honório) e honra ancestrais maternos de Borges (Bustos) e de Bioy Casares (Domecq)...+ no Submarino

6 - O Livro dos Seres Imaginários: É um bestiário fantástico que contém a descrição de 116 monstros que povoam as mitologias e as religiões de todo o mundo, ou são obras da imaginação literária de autores como Homero, Shakespeare, Flaubert e Kafka, ou ainda criações famosas da invenção humana, como os elfos, os gnomos e as fadas... + no Submarino

7 - O Martín Fierro: Justo para alguns, malfeitor para os outros, objeto das mais importantes definições e dos mis contraditórios juízos, Martín Fierro, nascido como gaúcho qualquer, "está na entonação e na respiração dos versos; na inocência que rememora pobres e perdidas felicidades e na coragem que não ignora que o homem nasceu para sofrer". Qualificado como livro sagrado por alguns críticos, com o mesmo significado para os Argentinos que a Ilíada para o gregos e a Chanson de Roland para os franceses, Martín Fierro é o canto de um povo e uma homenagem aos bravios do mítico pampa argentino... + No submarino

8 - O Livro de Areia: Em treze histórias muito diversas, seguidas de um breve epílogo, Jorge Luis Borges molda variações sintéticas dos temas obsessivos e recorrentes de seu percurso de contista. Com mãos experientes de artesão, imprime nelas a modelagem modesta, serena e essencial que lhes garante a eficácia pelos meios mais concisos e, de quebra, o encanto indefinível de um objeto perfeito da natureza. O outro abre o conjunto pelas espirais do tempo e o motivo do duplo, que Borges aprendeu a admirar nas páginas lidas e relidas de Robert Louis Stevenson e refaz agora em delicada chave pessoal... + no Submarino

9 - Outras Inquisições: Uma miscelânea bem ao gosto de Borges: uma reunião aparentemente arbitrária de textos, sem preocupação com rigor metodológico ou com um propósito deliberado (sem excluir, no entanto, simetrias secretas)... + no Submarino

10 - História da Eternidade: A singular História da Eternidade, que dá título ao volume, publicada originalmente em 1936, um ano depois da História universal da infâmia, como esta desafia o leitor desde o título. Uma antinomia opõe a noção de história, feita de sucessão temporal, movimento e mudança, à ideia estática de uma duração sem fim que o termo eternidade evoca. O desejo de escrever uma espécie de biografia da eternidade que nos libertaria da opressão do tempo sucessivo sempre atraiu Borges, que jamais abandonou o interesse pelos temas deste livro, mesmo quando, mais tarde, reprova o que então havia escrito sobre eles... + no Submarino

2 Comentários

  1. Entre o Aleph e Ficções, qual é o melhor em sua opiniao?

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  2. Ficções. Mas não faz muita diferença, provavelmente lerás os dois.

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