10 Livros infantojuvenis para mergulhar na identidade cultural do país

O  Listas Literárias está sempre aberto aos guestpost incríveis de leitores, autores, parceiros. Hoje compartilhamos uma lista feita pelo pessoal da SM Educação [Nascida na Espanha, a SM está presente em 10 países, contando com mais de 2.300 profissionais e voluntários dedicados a este projeto. Responsabilidade social, inovação e proximidade com a escola pautam o trabalho da instituição, que tem como objetivo promover o desenvolvimento humano e a transformação social para a construção de uma sociedade mais competente, crítica e justa. Atuante no Brasil desde 2004, a SM oferece um amplo catálogo de serviços educacionais, conteúdos didáticos e de literatura infantil e juvenil no país].

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Seu filho conhece a história do Brasil? Entender desde cedo nossa cultura,costumes e tradições ajuda a gerar senso crítico e enriquece o nosso conhecimento. Que tal preparar a imaginação, mergulhar em experiências enriquecedoras e extrair grandes lições desses mais de 500 anos de história? A SM Educação traz dez dicas de livros infantojuvenis para ler em família, com abordagens criativas e inspiradoras:

1 - Fabulosos e Assustadores! Criaturas e Bichos do Folclore Brasileiro, de Lalau e Laurabeatriz: A obra explora, de modo lúdico, rico e bem-humorado diferentes seres do folclore brasileiro. Os quatorze poemas ilustrados tratam de animais e criaturas fantásticos, e também assustadores, presentes em lendas, superstições e mitos de diversas regiões do país, como o Mapinguari, que acreditam ser descendente de uma preguiça-gigante pré-histórica da Amazônia; o Teju Jaguá, lagarto com sete cabeças de cachorro; o boi com asas, o cavalo que não se vê, a onça-anta e muitos outros. Ao final, há também um glossário que contextualiza cada um dos seres apresentados ao longo da obra.

2 - A História de Chico Rei, de Béatrice Tanaka: Um rei africano e seus compatriotas, escravizados e trazidos ao Brasil para trabalhar em uma mina de ouro, unem-se para comprar sua liberdade. Para isso, valem-se da astúcia: recolhem secretamente em seus cabelos o pó de ouro que garimpam e assim vão juntando riqueza. Esta narrativa da tradição oral afro- brasileira conta a luta de uma das figuras de destaque do Brasil Colonial, também relacionada com a religião e com as festas populares brasileiras. O livro traz ainda a letra de um samba-enredo do Salgueiro e um texto da professora e carnavalesca Maria Augusta Rodrigues sobre o Carnaval;

 3 - ABC dos Povos Indígenas do Brasil, de Marina Kahn: Amplo e diversificado, o Brasil indígena vai muito além da cultura tupi. São 234 povos vivendo de norte a sul do país, falantes de 180 línguas distintas, sem contar os grupos que permanecem isolados. Um universo fascinante, que se revela na variedade dos estilos e técnicas de pintura corporal, nos tipos de festas e cerimônias, como as que envolvem ritos de passagem, no sortimento de artefatos, nas formas de relacionamento com a natureza. Sem pretender esgotar o inesgotável, este ABC introduz aspectos essenciais do modo de vida indígena que, em conjunto, dão uma ideia da diversidade étnica, que vale a pena conhecer e é preciso preservar;

 4 - Bumba Boi, de Fabiana Ferreira Lopes: No Nordeste do Brasil é dia de brincar de bumba-boi, com roupas coloridas de veludo e fita. A mulher do pai Francisco quer comer a língua do bicho, mas o dono não está disposto a vendê-lo. Canta aqui, dança acolá, o boi é roubado, perde-se no mato; depois é morto e ressuscitado. A festa é animada e não tem hora para acabar;

5 - Cobra-grande – Histórias da Amazônia, de Sean Taylor: Este livro reúne histórias de tradição oral e do poeta Thiago de Mello, que foram recolhidas por Sean Taylor em sua viagem ao longo do rio Amazonas. O autor reconta cada narrativa de modo saboroso e poético, descrevendo suas impressões. As ilustrações têm cores fortes e pouco usuais, inspiradas na arte indígena, iniciando uma viagem virtual à mitologia amazônica e à paisagem da mais rica floresta do mundo;

6 - Um Passeio na Floresta Amazônica, de Laurie Krebs: Três crianças curiosas passeiam na Amazônia e descobrem as maravilhas da maior floresta tropical do planeta. Do raiar do sol ao cair da noite, deparam com criaturas exóticas, como bichos-preguiça, botos-cor-de-rosa, borboletas-azuis, jacarés, rãs multicoloridas, saúvas, onças-pintadas, répteis e pássaros de todo tipo. E mais: aprendem a importância de conservar a fauna e a flora, bem como respeitar e preservar a cultura dos povos da floresta;

7 - De Cara para o Futuro, de Raimundo Matos de Leão: Década de 1960, um dos períodos mais conturbados da história do Brasil. Gabriel, de dezesseis anos, vive em uma pequena cidade do interior da Bahia. Quando seu pai morre, ele decide enfrentar o mundo e, entre livros, canções e política, vai, aos poucos, amadurecendo e tomando consciência de seu tempo. Um retrato sensível dos anos de chumbo da ditadura militar no país sob a perspectiva de um jovem;

8 - Uma História Guarani, de Alicia Baladan: Com ilustrações delicadas, que evocam um universo onírico e de fantasia, o livro reconta uma lenda sobre o rito de passagem para a vida adulta de maneira poética e sensível. Para os índios guarani, a aranha é um animal sagrado. Sua teia é usada para envolver os bebês recém-nascidos e curar feridas. Conseguir essa teia milagrosa, porém, não é fácil. Certo dia, um jovem da aldeia resolve enfrentar os perigos da floresta em busca do precioso fio para presentear a namorada. Os anciãos o previnem de tudo, mas ele é pego de surpresa pelo urutau, animal desconhecido e feroz; 

 9 - Yemanjá, de Carolina Cunha: Rainha universal, senhora Mãe do mundo, deusa das águas, tanto doces como salgadas, Yemanjá é um orixá feminino, princípio da natureza. Na África, é a deusa dos antigos Egbá, povo de língua yorubá, representada por uma mulher grávida, símbolo da fertilidade e da nutrição. No Brasil e em Cuba, ela também é reconhecida na forma de uma sereia, a quem as comunidades praianas fazem homenagens anuais e oferecem presentes;

 10 - Mestre Gato e Comadre Onça, de Carolina Cunha: Mestre gato, exímio capoeirista, se aventura no mundo com seu berimbau. Toma um caminho nunca antes trilhado no meio da mata e depara com uma cajeitada, boa para botar capoeira. Instala-se ali e faz do Pau-Pereira sua morada permanente. Coloca uma placa nessa árvore oferecendo aulas e logo chegam curiosos vários animais. “Venham vadiar, vamos jogar capoeira!”, convida ele. Mas eles temem a onça enorme que anda cercando a área. E se estiverem jogando, distraídos, e ela aproveitar para abocanhar todos de uma vez? Capoeira é jogo mandingueiro, tinhoso, com ele nenhuma onça pode, diz mestre gato. E não é que ela aparece, pedindo aulas de capoeira? O esperto gato vê aí a ocasião de derrotar a onça. Entre gingadas, cabeçadas, rasteiras e rabos de arraia, o gato vai demonstrando que, contra a força, vale a astúcia. E isso mestre gato tem de sobra!

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