10 Melhores participações da "televisão" na literatura

A televisão vinha sendo o meio de comunicação de grande alcance da massa desde meados do Século XX. Hoje esse invento tem concorrente de peso, tanto no alcance, quanto nos perigos, a internet. Ainda assim é um meio que fomenta debates e, claro, não é ignorado pela literatura. Neste post selecionamos 10 momentos da televisão nos livros, confira:

1 - Controle e alienação: O uso da televisão (e da tecnologia) pelos Estados Totalitários é o grande mote do clássico 1984, de George Orwell. Nela, além dos exaustivos programas de ginástica pessoal, a principal função era a de vigiar cada habitante da Oceânia que não escapava dos "olhos" das teletelas, e do Grande Irmão, óbvio;

2 - Espetáculo, portabilidade e vida real: Já em Fahrenheit 451, de Ray Bradbury, a televisão massificou seu alcance e toma as paredes dos lares americanos com programação alienante e barata. Além disso, mesmo escrito em 1953, no livro já vemos os aparelhos portáteis e "a espetacularização da vida real" com seu protagonista Guy Montag reconhecendo-se no aparelho enquanto a perseguição é transmitida ao vivo para milhões de telespectadores;

3 - Para Começar uma saga, desintonia: Já William Gibson para começar seu celebrado Neuromancer transforma a abóboda celeste numa grande estática, como uma televisão fora do ar, o que já dá boa indicação do estilo particular do universo que cria;

4 - Reality Show Mortal: Mais recentemente Jogos Vorazes voltou a abordar os reality shows numa narrativa em que o televisionamento de um jogo mortal é utilizado pela política como os césares faziam com seu Pão e Circo, transformando o livro e suas adaptações em grande sucesso;

5 - Apresentador onipresente: Um dos personagens secundários, mas bastante misterioso, em Androides Sonham com Ovelhas Elétricas é o onipresente e caricato apresentador Buster Gente Fina, que junto com a nata humana em Marte fica mandando notícias do planeta vermelho para a degradada Terra;

6 - O Concorrente: Mas antes de jogos vorazes, advinha quem já vinha mostrando-se preocupado com certos andares da humanidade? Sim, ele, Stephen King, que sob o pseudônimo de Richard Bachman escreveu em 1982 O Concorrente, que veio a ser adaptado para o cinema em O Sobrevivente, com o Arnoldão encarnando o protagonista. No livro, um pai participava do nefasto reality para comprar os remédios da filha doente;

7 -  O Enigma da televisão: Olha a boa e velha coleção vaga-lume aí com esse sugestivo livro e sua sinopse: Um simples beijo de novela desencadeia o pânico nos bastidores da TV Mundial. Mortes começam a ocorrer sem nenhuma pista concreta que leve ao assassino. Num palco onde desfilam integrantes da Liga das Sentinelas, dispostas a tudo para manter a moral e os bons costumes, atores decadentes, atrizes em ascensão, jornalistas apaixonados por livros, quem poderia ser o autor das mortes em série?

8 - Nos bastidores: Os bastidores do trabalho em uma televisão será um dos elementos de Funny Girl, romance de Nick Hornby ambientado neste espaço por onde circulam suas personagens;

9 - Nota oficial: Em Intermitências da Morte, veja só, a própria, sim A Carrancuda, A Coisa Ruim, A Caveira, anuncia sua aposentadoria por meio de uma nota na televisão, afinal, qual meio poderia se usar para alcançar o maior número de pessoas com a notícia?

10 - Descoberta onírica: No A Sociedade dos Sonhadores Involuntários, do Agualusa, a televisão é o meio por qual dois personagens acham-se, embora já se "conheçam" do universo onírico dos sonhos.



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