Que atire a primeira pedra aquele ou aquela que nunca soltou uma palavrão. Não e nem tente ser hipócrita, aquele que tudo vê bem sabe das vezes que você mandou alguém para a casa do... Não adianta manter a hipocrisia, se você for humano, em algum momento tascou um palavrão. Ainda assim, nesses tempos puritanos volta e meia algum ser iluminado vem atacar este ou aquele livro por ter palavrões.... Por isso hoje selecionamos 10 livros para quem curte o bom e velho palavrão, confira:
1 - O cheiro do ralo, de Lourenço Mutarelli: Noemi Jaffe comenta a escolha de Mutarelli em conferir à linguagem a realidade das ruas por meio do palavrão. E no Brasil há poucos escritores adepetos e bns usuários do palavrão. Quem é Jeferson Tenório com seus minguados palavrões perto de Mutarelli. Em seu romance de estreia podemos afirmar que cu é citado uma centena de vezes, afinal é uma ode ao cu e a tantos outros palavrões que abastecem as insólitas narrativas de Mutarelli;
2 - A guerra dos tronos, de George R. R. Martin: É certamente a narrativa de fantasia com a maior presença dos palavrões, afinal, uma fantasia realista dos comportamentos humanos. Para além das tantas e tantas cenas de sacanagem, Tyrion é certamente o mais belo desbocado da literatura, sempre capaz de citar uma frase cheia de palavrões e de alto poder filosófico;
3 - Feliz ano novo, de Rubem Fonseca: Outro sempre lembrado pelos palavrões (o curioso que às vezes os palavrões chocam mais que a violência que retrata) é esse fantástico autor. O livro não ameniza a linguagem e assim a narrativa se incrementa com muitos e muitos palavrões;
4 - Bitch, de Carol Teixeira: Nem só de homens se faz a literatura com palavrões. Nessa narrativa curta a autora traz olhares diferentes ao espaço da mulher e, ainda, não teme ser explícita em sua abordagem brindando-nos com o nome das coisas que para olhos e ouvidos mais sensíveis são chamados de palavrão;
5 - Inferno, de Patrícia Melo: Meio difícil escrever ficção criminal no Brasil sem usar os palavrões, afinal, eles integram a identidade linguística de diferentes grupos, dos policiais, dos bandidos, enfim, se você não é todo nhem nhem nhém, aqui temos outra obra para uns belos palavrões;
5 - Poema sujo, de Ferreira Gullar: Pode a poesia aderir também aos palavrões. teu cu, como nesse célebre poema de Ferreira Gular, um dos mais celebrados poetas brasileiro. Ocorre que o estranhamento é inerente ao fazer literário e muitas vezes as escolhas linguísticas são fundamentais para provocar esse estranhamento, como nesse poema pertencente ao cânone nacional;
6 - Cidade de Deus, de Paulo Lins: A dura realidade retratada no romance não poderia prescindir de uma boa dose de palavrões, inclusive com quadrilhinhas que reúnem fantástico e piroca de plástico. Curte palavrões, gente desbocada, bem, tem coisas bem mais importantes que isso no livro, mas também seus palavrões;
7 - A obscena Senhora D., de Hilda Hist: O que você espera encontrar num livro com esse título? Além de uma literatura provocativa e inovadora, claro, entre a prosa e o lirismo, uma boca liberta de falsos pudores, obviamente;
8 - Ereções, Ejaculações e Exibicionismos, de Charles Bukowski: Na real, escola qualquer livro de Bukowski e terás muito, mas muito palavrão na criatividade sem fim do Velho Buk em despejar palavrões. Citamos esse pelo fato de ser nossa leitura atual.
9 - Não se começa um incêndio sem faísca, de Zeka Sixx. Já falamos muito das qualidades das obras do Zeka desde A era de outro do porno em diferentes publicações do Listas e em nossos outros canais. Mas hoje vamos citar uma outra boa e bela qualidade, a capacidade de trazer os palavrões para seu trabalho, narrativas que sem eles perderiam boa parte da aura do que tratam. Para quem curte palavrão, a palavra nua e crua, eis uma bela dica também;
10 - Homens, Mulheres & Filhos, de Chad Kultgen: Esse é uma drama pesado sobre sexualidade e vida sexual de diferentes famílias norte-americanas. A forma densa e tensa da abordagem leva ao caráter explícito da linguagem do texto, constituindo assim uma narrativa relevante.