10 Considerações sobre Perdidos - Aventuras na Ilha Misteriosa, de Alexandre de Castro Gomes ou por que ilhas convidam à aventura...

O Blog Listas Literárias leu Perdidos - Aventuras na Ilha Misteriosa, de Alexandre de Castro Gomes publicado pela Cortez Editora. Neste post as 10 considerações de Douglas Eralldo sobre o livro, ou por que as ilhas convidam à aventura?...


1 - Perdidos parte da clássica estruturas das narrativas de aventura e parte de um naufrágio do qual um grupo de crianças - integrantes de uma família em viagem pelos mares da América Latina - acaba indo parar numa misteriosa e curiosa ilha...

2 - Toda a narrativa então se dá nessa ilha perdida no Oceano Pacífico à costa do Peru. Na ilha as cinco crianças então terão desbravar as curiosidades e os contatos míticos que nascem de sua jornada na ilha numa aventura que reúne os elementos comuns desse tipo de narrativa;

3 - Todavia, é preciso dizer a narrativa se coloca na posição de uma leitura infantojuvenil cuja premissa está centrada mesmo na questão da aventura, sem maiores profundidades e complexidades. Toma o caminho das amenidades e da aventura idealizada em que todas as situações se resolvem e que a despeito dos perigos, seus protagonistas não passarão realmente por grandes provações ou perigos reais;

4 - Importante dizer isso justamente porque nem toda aventura numa ilha ou nem todo romance de aventura carrega a ingenuidade constituinte da narrativa, marcada pela inserção de personagens curiosos e menção às boas e antigas histórias de piratas somadas à magia do lugar em que ocorre;


5 - Aliás, há na obra a mescla entre jornada de aventura e jornada mágica, já que o autor se aproveita da mitologia do lugar, no caso mitologia inca, para não só trazer o elemento mágico à narrativa, mas também nos entregar um dos personagens mais interessantes da narrativa, o fantasma nem tão fantasma de um antigo rei inca;

6 - A questão mágica para além da abordagem da mitologia inca e sua relação com o sol estabelecerá ainda o funcionamento mágico do lugar que para além dos próprios habitantes míticos da ilha viabilizarão a partir da necessidade e da curiosidade das crianças náufragas trazer de volta fantasmas que vão de queridos familiares a grandes guerreiras;

7 - Na verdade, a magia ao cobrir a narrativa de aventura nos entrega uma bela e curiosa salada de frutas capaz de reunir além dos próprios náufragos, divindades incas, ninjas e parentes que reúnem a investigação e o gosto pelo esporte. A brincadeira ao rinal resulta numa das ilustrações de ant.Pereira (responsável pela arte gráfica) que exemplificam a curiosa salada de frutas desta aventura;

8 - E obviamente, uma narrativa de aventura em uma ilha não abriria mão de piratas, aqui contrabandistas, mas não menos perigosos, seres marinhos, no caso, Boris, um tubarão espécie de símbolo daquela costa e que cativa os náufragos...

9 - Assim, nesse caldeirão de descobertas e coisas curiosas, os perigos se encaminham para outro compromisso desse tipo de obra, a ação e a vitória dos heróis ao final. Nesse sentido, vale dizer que o livro é realmente ágil e sua ação divertida para aquilo que se propõe;

10 - Enfim, Perdidos, como se propõe é uma narrativa dessas para divertir rapidamente e estimular o desejo à aventura. Não se pensa aqui em uma jornada mais realista dos perigos e da aventura, mas sima uma jornada de ação controlada mas ainda assim capaz de cativar e envolver seus leitores. Trata-se, portanto, de uma narrativa simples, mas capaz de despertar o gosto pela aventura.

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