10 Passos de um roteiro de entrevista realizada com o autor Joca Reiners Terron Passos de um

Falamos neste post de uma parceria com a disciplina Narrativa Brasileira Contemporânea da UFPEL em que realizaremos uma série de post divulgando o resultado dos trabalhos da galera. Hoje divulgaremos em síntese e no formato de listas o trabalho de Claudio Fabião, Gabriela Mesquita e Maurício Gonçalves em que abordam "O Riso dos ratos: roteiro da entrevista realizada com o autor Joca Reiners Terron". No final do post vocês podem conferir a entrevista realizada com Joca Reiners Terron, um dos principais nomes da literatura nacional. Confira:


1 - Motivados por uma explicação mais aprofundada da obra "O riso dos ratos" e com a vontade de ousar na tarefa criativa, decidimos começar uma busca para contatar este autor. Sabíamos, desde o começo, que não seria uma tarefa fácil, mas mesmo assim não desanimamos de ir ao encontro do nosso objetivo;

2 - Após uma pesquisa inicial via Instagram, conseguimos o email da editora Todavia Livros. Nesse momento, começamos com trocas de mensagens com a empresa a fim de explicar a respeito da nossa proposta e quem éramos, com o objetivo de obter o contato do Joca Reiners Terron. A editora entendeu nossa proposta e passou o Whatsapp do autor, que foi extremamente acessível. Ele se dispôs a marcar uma entrevista para a realização do trabalho;

3 - Realizamos contato via e-mail com a turma contando da novidade, convidando a quem tivesse interesse de também trabalhar com o livro no trabalho criativo para participar da entrevista. Desse modo, queríamos oportunizar a mais colegas a possibilidade de estar na entrevista com um autor de uma das obras da bibliografia da nossa disciplina;

4 - Fizemos algumas reuniões para ajustar como tudo ocorreria, e cada um ficou encarregado de uma parte. O Cláudio fez o roteiro e suas perguntas. O Maurício ficou encarregado de adicionar mais algumas perguntas e a Gabriela também poderia, caso quisesse escrever mais perguntas, mas não achamos necessário porque já havia mais de vinte perguntas organizadas no roteiro;

5 - Procuramos um dia que ficasse agradável ao Joca Reiners Terron, então, definimos o feriado do dia vinte e um de abril às onze horas da manhã. Nos reunimos mais uma vez para afiarmos os últimos detalhes para a entrevista e o grande dia chegou;

6 - Em um teste minutos antes da entrevista, o pior aconteceu. Não estávamos conseguindo captar as imagens sem interferência e, quando a chamada com o Joca começou às onze horas, não era possível capturar o som da gravação de forma alguma. Desconfiamos que o Meet dificultava a gravação da chamada por não estarmos usando a versão paga;

7 - Ao fim da entrevista, foi necessário mixar o som à imagem, que foram gravados em dois dispositivos diferentes. Assim, sincronizamos toda a gravação. Esse foi mais um desafio que ocorreu no nosso processo de construção da atividade criativa. Apesar da ansiedade e do medo sentidos naquele momento, a gravação foi capturada conforme o planejado;

8 - Estávamos todos nervosos durante a entrevista, mas, após percebermos a humildade e gentileza de Joca, ficamos mais tranquilos. No fim não fizemos as vinte perguntas, mas deixamos a conversa fluir naturalmente;

9 -Joca explicou que o processo literário não é algo fácil como muitos pensam e que o mundo no qual ele estava inserido - desde o supermercado Futurama e um conhecido morador de rua chamado Vô - o inspiraram a escrever sobre o assunto que originou o livro: a distopia em uma sociedade ratificada por um capitalismo defasado, a beira de um colapso;

10 -A conversa durou em torno de uma hora (das onze horas da manhã até meio-dia) e ela girou em tópicos como: a gênese dos personagens, o que motivou o título do livro, o processo da escrita literária, a desigualdade social e as mazelas do capitalismo. Ao acabarmos a entrevista, um sentimento de orgulho surgiu em todos nós e, pela primeira vez, havíamos entrevistado um escritor de uma obra lida na faculdade. Uma experiência possivelmente única na formação de todos envolvidos nesse grupo.

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