10 Melhores livros de aventura de todos os tempos

 Definir o que é um livro de aventura nem sempre é uma tarefa fácil, afinal, toda jornada é uma aventura. Guerras, conflitos, lutas, há nisso aventuras, mas o foco dessa lista são aqueles romances que o que salta é a aventura, a própria jornada é que constitui o nó do enredo, a aventura é a razão de ser da narrativa, muitas vezes cujo desafio é justamente seus protagonistas superarem o caminho, passar pelas provações, não raro do próprio ambiente. Vejamos nossa lista:

1 - O Hobbit, de J. R. R. Tolkien: Embora tenhamos a intromissão de uma guerra aqui, uma escaramuça ali, o livro que abre-nos as portas da Terra Média é essencialmente uma narrativa em que a aventura está acima de qualquer outra motivação. A busca pelo tesouro dos anãos por Bilbo e sua trupe, para além do narrador magistral que poucos contadores de estórias conseguem, é uma fantástica jornada de aventura por terrenos inóspitos e hostis. E claro, e vez por outra as pessoas e as criaturas somam-se nos esforços de tornar ainda mais complicada a aventura de Thorin & Cia. Além disso, inegável que é uma das aventuras mais imersivas que poderá o leitor se deparar;

2 - Robinson Crusoe, de Daniel Defoe: Ah, mas muito muito antes de Tom Hanks e Wilson, temos essa fantástica jornada de um náufrago em uma ilha carregada de perigos e mistérios. Uma leitura partilhada por muitos e que sempre deve ser lida, pois suas lições de sobrevivência e novas descobertas instigam as percepções dos leitores;

3 - Perdido em Marte, de Andy Weir: Coloquei coladinho aqui justamente pela minha impressão que Perdido em Marte é apenas nossa atualização contemporânea e espacial de Crusoe. O que não significa que perca seus méritos e particularidades, pelo contrário, reafirma o espírito de aventura da natureza humana e nossa persistência em enfrentar ambientes hostis, como Watney em Marte; Além de uma aventura com momentos altos, tem um humor particular;

4 - A volta ao mundo em oitenta dias, de Jules Verne: Virão outros livros do autor na lista, e sem exagero, a lista poderia ser apenas com obras de Verne, o grande mestre da aventura. E esse é o fantástico da aventura, ser aventureiro é um modo de encarar as experiências de modo que não precisa entrar em guerra para vivê-la, mas simplesmente partir numa jornada pelo mundo. Viajar é uma aventura e o espírito de Phíleas Fogg persiste em todo mochileiro e mochileira contemporâneos;

5 - Os barcos de papel, de José Maviel Monteiro: Quis inserir uma obra inesperada nesta lista, mas aventuras podem ser inesperadas, não é mesmo. Essa leitura que me marcou a juventude e a cisma com cavernas e morcegos traduz o espírito de aventura de toda a Coleção Vaga-Lume que encantou muitas gerações de leitores (outra obra legal da série foi A Ilha Perdida):

6 - A Ilha do Tesouro, de Robert L. Stevenson: Mais um clássico dessa lista e que definitivamente foi responsável e pioneiro em atrair a atenção de leitores. Isso sem falar que nenhuma estória de tesouro ou de piratas desde então passam a esmo de nossas atenções. Uma aventura que influencia todas as narrativas de aventura posteriores;

7 - Viagem ao centro da terra, de Jules Verne: Verne trabalha sempre numa zona de desconhecidos, estimulando nosso imaginário e nossa imaginação, e com certeza o centro da terra é um mistério. Para o livro não é legal pelas coisas que imagina e cria, mas sim a jornada, uma das mais fascinantes da literatura porque é aventura nata além de seu forte caráter imersivo;

8 - Maravilhas dos contos de aventura: Quis inserir esse livro aqui para representar o conto, porque a despeito do tamanho e concisão, cabe muita aventura em um conto e esse livro antigo publicado pela Cultrix é uma excelente seleção de contos de aventura;

9 - Vinte mil léguas submarinas, de Jules Verne: Ó o homem aí de novo. O mar aqui é o ambiente a ser desbravado e acima de tudo, dos encantos desse espaço terrestre ainda não de todo conhecido, entrega-nos um dos mais célebres personagens da literatura, Capitão Nemo;

10 - Viagem ao Brasil, de Hans Staden: Alguns aventureiros são na verdade documentaristas, caso desse alemão que foi um dos primeiros a registrar no papel a cultura dos nossos povos originários antes enquanto se desenrolava a ocupação portuguesa por aqui. Trata-se de uma narrativa da experiência de Staden aprisionado por tupinambás e representa uma literatura muito comum no quinhentismo, a de informação, quando muitos aventureiros se atiraram ao "novo mundo" e depois relataram suas jornadas, como os mochileiros de hoje e seus canais no YouTube.


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