Talkey que a gente perdeu a guerra, mas finge que ganhou. Talkey que houveram desonrosas traições entre os revolucionários, vide o massacre dos lanceiros negros... contudo, a despeito das tantas complexidades e contradições neste sangrento conflito, o fato persistente é que a Revolução Farroupilha não esmaece na memória dos gaúchos e gaúchas, e tem 20s de setembros que o sentimento até parece mais forte. Além disso, não trata-se de apenas história do Rio Grande do Sul, é história do Brasil que há tempos traz duas referências para a cultura, da qual a literatura não é coisa apartada. Neste post selecionamos 10 romances sobre a Revolução Farroupilha, confira:
1 - O Tempo e o Vento, de Érico Veríssimo: Pois bem que a saga em trilogia, certamente a mais lembrada, é mais ampla que isso, pois procura reconstituir toda a saga dos pampas num antes e num "adespois" da Revolução Farroupilha, retratada em O Continente e quando apresenta-se a figura de Um Certo Capitão Rodrigo, certamente, pela adaptação para a televisão imortalizado no rosto de Tarcísio Meira;
2 - A Casa das Sete Mulheres, de Letícia Wierzchowski: Também levada para a televisão, o romance contemporâneo apresenta uma perspectiva até então não lembrada, a das prendas, sozinhas em seus casarões, mas não protegidas da guerra, e assim, inspirada em eventos da Revolução, o livro mostra que a gaúcha também não foge de uma peleia;
3 - Minuano, de Tabajara Ruas: Destinado a leitores jovens, a obra dá protagonismo para o animal que bem descobrirá quem andar por estes pagos em setembro, é extensão do gaúcho: o cavalo. Na obra, tipo um Cavalo de Guerra, é pela narração do cavalo durante a Revolução que os acontecimentos vão se desenvolvendo;
4 - A Prole do Corvo, de Luiz Antônio de Assis Brasil: Aqui uma leitura da guerra que não se envereda para epopeia, pois que o autor, que diga-se, em sua bibliografia apresenta um amplo quadro da história gaúcha, neste romance parte da perspectivas de personagens que não se engajaram na Revolução e durante seu último ano, por isso o olhar amargo e desencantado com os acontecimentos;
5 - Os Farrapos, de Luís Alves Leite de Oliveira Belo: Publicado em 1877 e filiado ao regionalismo romântico de sua época, a obra por meio de seu protagonista Juca Silva procura mostrar o lado mais sombrio e deprimente da guerra;
6 - A Guerra dos Farrapos, de Alcy Cheiuche: O romance se constrói a partir de personagens reais e procura cobrir os primeiros acontecimentos da Revolução Farroupilha, mas também se estende até a tal da Paz do Poncho Verde;
7 - Os Varões Assinalados, de Tabajara Ruas: Romance em que o autor centra-se nos principais acontecimentos e personagens da Revolução Farroupilha, obra também considerada entre as obrigatórias para se conhecer a história do Rio Grande do Sul;
8 - O Vaqueano, de Apolinário Porto-Alegre: Tendo como pano de fundo a Revolução Farroupilha, o romance é tido como uma resposta ao O Gaúcho, de José de Alencar, mais falso que uma moeda de conto de réis, pois sabe-se que desde tempos imemoriais por aqui o que enche as guaiaca são os pila, única moeda corrente pelos pampas;
9 - República das Carretas, de Barbosa Lessa: Obra respeitadíssima entre os tradicionalistas gaúchos e que inclusive já serviu como proposta de tema para os festejos farroupilhas pelo foco e abordagem a figuras centrais e figurantes importantes durante a Revolução Farroupilha;
10 - Netto Perde sua Alma, de Tabajara Ruas: O livro que também virou prestigiado filme, embora se dê durante a Guerra do Paraguai, é importante pelos ecos que carrega da Revolução Farroupilha, especialmente pelo acontecimento ao grupo de lanceiros negros de Netto;
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