10 Fantásticas cidades da literatura brasileira

O espaço urbano se constitui com estrutura importante da literatura, afinal, é nele que geralmente as coisas acontecem, principalmente depois que "abandonamos" a sociedade rural pelas metrópoles. Por isso, sejam fictícias, sejam reais, muitas cidades da literatura nos marcaram, em alguns casos eles são mais do que ambiente sendo quase que protagonistas das tramas. Por isso, escolhemos 10 cidades inesquecíveis da literatura brasileira:

1 - Santa Fé: Diz-se que a cidade de O Tempo e o Vento foi inspirada na terra natal de Érico Veríssimo, Cruz Alta, inclusive teoria que encontra suporte nos mapas fictícios elaborados pelo autor. Aqui ela surge porque chega a estar naquela categoria de personagens como Sherlock Holmes estando no imaginário dos leitores como se fosse uma cidade real;

2 - São Paulo de Ignácio Loyola Brandão: Já para quem curte distopias (as puras) o cenário de Não Verás País Nenhum é um dos mais desoladores da literatura de tal modo que o leitor é de fato envolvido pela podridão e aridez do cenário numa cidade apocalíptica como poucas vezes visto;

3 - Taitara: As cidades sempre tiveram espaço na obra de José J. Veiga como nesta cidade de Sombras de Reis Barbudos. É uma cidade até comum, entretanto com a chegada da Companhia de Melhoramentos ela também sofre com essa opressão de muros labirintíticos, aves de rapina e homens voadores;

4 - Cidades de Jorge Amado: Outro autor a retratar as riquezas e a cultura das cidades e também os seus processos formativos foi Jorge Amado que pinta um quadro interessantíssimo da Bahia, como no Terras do Sem Fim um romance sobre a formação da região de Ilhéus. Em sua obra destaca-se também a fictícia Santana do Agreste;

5 -  Antares: Vamos a outra cidade de Veríssimo, a primeira no Brasil a ter contato com um ataque zumbi. Mais ao sul e na fronteira, a cidade reúne uma série de personagens interessantes, tendo inclusive sua favela e seus investidores internacionais, além, é claro, de um coreto com mortos-vivos discursando;

6 - Vilaboinha: A terra das mulheres fortes de Desesterro é uma cidade que pouco aparece pelas descrições, mas torna-se viva ao passo que sua aridez e seus costumes e suas culturas, boas ou não, e impregnam a vida miserável e sofrida de suas protagonistas;

7 - Rio de Janeiro de Machado: Assim como Jorge Amado consegue mostrar a Bahia por seus olhos, o mesmo podemos dizer do Rio de Janeiro de Machado de Assis, cidade que ganha vida pelos olhos realistas do autor;

8 - Porto Alegre e Os Ratos: Em nenhum momento de Os Ratos o narrador diz que se trata de Porto Alegre, entretanto a descrição e também a participação do ambiente urbano na ação de Naziazeno coloca a cidade com elemento fundamental da narrativa e também de sua capacidade de mexer com "o tempo";

9 - Shopping Cities: Edson Aran produz uma literatura bastante única e em Delacroix Escapa das Chamas estas cidades cônicas nos apresentam um futuro que se dá só pelo consumo e que as cidades são agora gigantescos edifícios "protegidos" da distopia externa a paraíso que pretender ser;

10 - Manarairema: Para fechar outra fichinha carimbada de José J. Veiga que não só pelo fato de ser invadida por cachorros e bois, a cidade de A Hora dos Ruminantes é na verdade sua grande protagonista.

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