O Blog Listas Literárias leu A Livraria Mágica de Paris, de Nina George publicado pela editora Record; neste post as 10 considerações de Douglas Eralldo sobre o Livro, confira:
1 - Confesso que A Livraria Mágica de Paris quebrou um pouco de minhas expectativas, isto porque temos mais romance amoroso do que propriamente uma ode aos livros conforme imaginava, contudo isso não é problema e a obra desenvolve-se m ritmo bom e evoca um pouco das clássicas histórias de amor, especialmente no que tange sobre desencontros, espera e amor, em suas diferentes formas;
2 - Para tanto, acompanhamos Monsier Perdu e Max, um velho livreiro proprietário de um barco-livraria e um jovem escritor impactado pelo sucesso de sua estreia que através de seus improváveis encontros partem numa jornada por rios e estradas francesas que ao mesmo tempo é fuga, mas também busca por libertação;
3 - Com isso deslizamos por belos cenários, muitos especialmente literários, num trajeto que à dupla outros improváveis personagens vão juntando-se para construir uma história cuja doçura supera o amargor dos dramas pessoais de cada um deles e chega pender ao ufano e ao utópico com seus desenlaces felizes e compreensivos que nem sempre a vida permite;
4 - E tal jornada tem início após Perdu abdicar mais de vinte anos de sua vida ao romper com sua grande paixão e amante Manon abandoná-lo sem grandes explicações enviando-lhe uma carta que levou mais de vinte anos para ser aberta e com isso impulsionando a quebra das escolhas do protagonista ao passo que apresentando-lhe seus equívocos e falhas para atormentar ainda mais o livreiro;
5 - A partir disso, temos então um convite à vida, a tornarmo-nos uma espécie de protagonista de nossas escolhas, o que em muitos momentos dá ares de auto-ajuda ao romance o que tem suas qualidades e seus problemas, todavia, não podemos deixar de retratar este chamado à experiência que assim como acontece a Perdu tem o poder reabilitante e rejuvenescedor, como veremos através dos personagens;
6 - Além disso, podemos destacar que dentre os personagens a que já não está mais presente fisicamente é provavelmente uma das mais fortes do romance, pois Manon além de uma mulher autêntica e de assumir suas paixões, mesmo que plurais, assumindo os riscos e corajosamente não se privando de realizar suas escolhas;
7 - Assim, no meio desta jornada romântica os livros surgem como pílulas para alma, especialmente pela peculiaridade do livreiro em receitá-los conforme a "necessidade" de seus leitores, construindo com isso uma narrativa permeada por muitas referências literárias, das clássicas às populares, poré talvez, no caso deste leitor, em menor grau do que se esperava;
8 - Da mesma forma, ao passo que o romance anda perceberemos que as improbabilidades somam-se num desfecho que liga os personagens com muita perfeição, mas que contudo, dá a impressão de ficção resultando um menor grau de imersão na trama, entretanto, algo tênue, que passar despercebido pela maioria dos leitores;
9 - Diante estes elementos, então, temos uma obra que acima de tudo fala de compreensão e aceitação e do viver as experiências apresentando diferentes prismas do amor, e tudo isso numa narrativa enriquecida por aromas e paisagens, mas acima de tudo de sentimentos;
10 - Enfim, A Livraria Mágica de Paris é uma boa leitura que trata de livros, paixões, e que poderá encantar leitores que procurem por algo mais doce e suave e que ao fim de tudo apresente uma visão positiva dos sentimentos.
O livro promete mostrar um novo olhar sobre a importância na leitura no desvendar dos nossos dramas pessoais cotidianos, mas se disvirtua para contar a história do personagem principal, que apesar de ser o "farmacêutico" que indica o livro certo para para os males dos fregueses, não encontra nos seus livros o remédio para seus próprios males.A narrativa é um pouco forçada e às vezes sem nexo, o que me incomoda um pouco, além de tentar desnudar os sentimentos dos personagens.
ResponderExcluirPeguei esse livro para ler agora a pouco em meu horário de almoço. Fiquei em dúvida sobre algo:
ResponderExcluirLogo no início tem esse trecho: Ocheiro de *** havia desaparecido.
No decorrer de vinte e um verões, Monsieur Perdu havia se tornado tão
habilidoso em evitar pensar em *** quanto em evitar cair em bueiros sem tampa.
Basicamente pensava nela como ***.
Não entendi o significado das ***. Vou descobrir mais pra frente ou não? hahaha
Ah sim, haverá a apresentação da solução na sequência da narrativa.
ExcluirOpa. Valeu Douglas
Excluirabraço