O Blog Listas Literárias leu A Garota do Calendário - Janeiro, de Audrey Carlan publicado pela editora Verus; neste post as 10 considerações da Gi sobre o livro, confira:
1 - A Garota do Calendário - Janeiro é uma obra publicada em partes visto que a trama está sendo publicada reunindo os diferentes meses que compõe todo o enredo proposto pela trama, com isso, essa divisão por volumes curtos nos coloca diante uma leitura rápida que promete diversas emoções ao longo dos doze meses de uma jornada contra o tempo;
2 - Nesta jornada, Mia, a protagonista do romance (romances) diante do desespero de saldar uma dívida milionária do pai encontra como solução para pagar o débito de mais de um milhão e salvar as próprias vidas atuar como acompanhante de luxo em uma empresa de uma tia que lhe socorre;
3 - Contudo vale ressaltar para que aqui não se confunda "acompanhantes" com prostitutas, embora no caso de Mia não houvesse proibição de que se quisesse pudesse ir além do trabalho de acompanhante, sendo que o medo de sentir-se uma prostituta acompanha a protagonista em seus dilemas que pesam sobre suas decisões;
4 - Tais dilemas são perceptíveis em sua narrativa em primeira pessoa em que Mia coloca diante das leitoras todos os elementos que a colocaram nessa situação, sem falar que diante do prazo exíguo na captação de tanto dinheiro e nas poucas oportunidades em se conseguir uma grande quantia em pouco tempo, a proposta da tia certamente era tão sedutora quanto os desafio que lhe surgem já neste primeiro mês de trabalho;
5 - Em Janeiro, Mia é contratada pela mãe de Charles Channing III, um badalado roteirista de cinema cujo contrato com a acompanhante surge inesperadamente para evitar suas distrações visto que o moço era sempre muito assediado pelas mulheres e fãs;
6 - Só então com o passar dos dias em ambientes de jantares e reuniões Mia acaba aos poucos compreendendo os motivos pela qual foi contratada, o que aliás, traz à tona facetas nem sempre exploradas deste universo das acompanhantes de luxo que nos convidam a refletir sem preconceitos sobre o assunto;
7 - Entretanto, a contrário do que se pode pressupor, inclusive pela propaganda do livro, a obra não carrega a mão no erotismo, e ainda que com doses equilibradas de sensualidade o livro está muito mais para um romance cheio de rosas, pipocas e beijos do que para a pimenta picante, o que de modo algum depõe contra a obra, visto que com isso temos um conteúdo interessante e bem explorado;
8 - Tanto é que nos parece que o erotismo fica num segundo plano diante a capacidade das personagens em nos conquistar, principalmente Mia de uma infância traumática que graças ao empenho do pai, ambos constroem uma relação forte e alicerçada num grande esforço conjunto que acaba explicando com facilidade as escolhas dela;
9 - Além disso, Mia é batalhadora e incapaz de desistir de seus sonhos criando uma empatia entre leitora e livro, além de que a obra trata de compromissos, proteção e acima de tudo sobre lealdade, tudo isso, claro, temperando a obra com um romance que promete nos envolver nos próximos onze meses;
10 - Enfim, este é um livro que se lê muito rápida numa história com amor, ambientes sofisticados, decisões difíceis e um enredo interessante que mais por suas outras qualidades do que pela representação erótica em si, acaba explicando o seu sucesso entre as leitoras.