10 Considerações sobre Nosferatu, ou porque o natal é o terror

O Blog Listas Literárias leu Nosferatu, de Joe Hill, publicado pela editora Arqueiro; neste post suas 10 considerações sobre o livro: 

1 – Nosferatu, de Joe Hill, desfila em suas páginas perturbações humanas que se concretizam através das personagens do livro que entregam ao leitor uma trama cheia de suspense, horror, e principalmente cenários angustiantes e situações extremamente macabras;

2 – No entanto estipulando uma espécie de jogo, o livro possibilitara que o próprio leitor construa o tamanho e o peso da carga de horror presente no livro numa constante busca por saber o que é real e o que foi construído dentro de nós mesmos;

3 – Nosferatu é tecido com sangue e gritos de horror, e ainda assim este fantástico mundo criado por Hill em nenhum momento torna maçante a leitura de suas mais de 600 páginas, cheias de ação, reviravoltas, construindo assim uma caçada implacável ao que não deveria ser real;

4 – Aliás, o livro brinca entre o que é ou não é real. As viagens do Rolls Royce NOS4A2 e da Triumph se tornam então uma espécie de portal que nos revela o quão pode ser real aqueles mundos que construímos dentro de nós mesmos, bem como o quanto isso pode ser tornar assustador;

5 – Além disso, neste livro Joe Hill usa com grande sucesso os mais diversos recursos narrativos tais como o tempo e o espaço, dando-lhes mais, ou menos elasticidade conforma a exigência do transcorrer do enredo;


















6 – As Personagens de Nosferatu são o diferencial do livro graças ao esmero de suas constituições; em comum, pessoas não muito diferentes de mim ou a você, mas que porém são pinceladas por sombras que as fazem duras e “insanas” apresentando aos leitores um mundo brusco e sem afetações onde o que ainda faz a humanidade caminha é a lei da sobrevivência;

7 – E para enfatizar cada uma das personagens do livro, Joe Hill consegue constituí-las com bastante originalidade e características próprias que faz desfilar por suas páginas criações iconográficas que certamente irão arraigarem-se aos leitores, tamanha a impressão causada por tais personagens, sejam os bons, sejam os maus;

8 – Assim, Nosferatu traz coisas novas ao mesmo tempo que mergulha em mitos já existentes; constrói uma obra única dando cores sombrias ao natal tirando-lhe as alegrias dos festejos, e assim como seu pai que certamente é responsável pelo medo de muita gente de palhaços, Hill poderá ser responsabilizado pelo medo que poderá surgir nas pessoas ao ouvirem canções natalinas, ou a observarem decorações e enfeites de natal; Especialmente se por ventura um Rolls Royce 1938 estiver por perto;

9 - Talvez o final do livro possa deixar muitos questionamentos no leitor, no entanto esse é um jogo constante durante o livro, que acima de tudo consegue impregnar-se em quem o lê, pois sua leitura e seu cenário vão sendo absorvidos mesmo quando já não estamos diante de suas páginas. É um livro que não desgruda de quem o lê (talvez por um bom tempo) e o acompanha nos pensamentos, e principalmente durante nossas incursões oníricas durante os sonhos;

10 – Enfim, Nosferatu certamente estará entre as grandes obras do horror tamanha quantidade de seus méritos magistralmente elaborados por Joe Hill que disponibiliza-nos uma história assustadora e fantástica onde o limite entre sanidade e insanidade parece muito menor que o “in”. Um livro cheio de efeitos e imagens que perdurarão nos leitores, mesmo depois da leitura;




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