10 Considerações sobre A Corte do Ar, ou porque robôs e feiticeiros é uma excelente mistura...

O Blog Listas Literárias leu A Corte do Ar, de Stephen Hunt, publicado pela editora Saída de Emergência em sua coleção Bang! e publica suas 10 considerações sobre o livro:

1 – a Corte do Ar, de Stephen Hunt é uma fantasia surpreendente que prima pela criatividade e pela originalidade de seu fantástico universo capaz de mergulhar seu leitor numa aventura gratificante e diferente;

2 – Com fortes elementos do steampunk o livro proporciona aos seus leitores a convivência entre magos e feiticeiros num estilo vitoriano, mas ainda assim estando com os pés muito mais dentro da fantasia de grandes mestres como Tolkien e Martin, do que propriamente na ficção científica;

3 – Além disso, Stephen Hunt entrega aos leitores uma obra inteligente e que promove o pensamento e a reflexão. Com grandes doses de discussão política o autor consegue colocar o leitor do livro em debates que vão do comunismo ao anarquismo, fala ainda sobre república, sobre parlamentarismo, e até mesmo nos apresenta uma monarquia debilitada diante do avanço político de sua Chacália parlamentarista;

4 – E tudo isto é ainda o plano de fundo por anda se aventuram seus personagens, cada um muito distinto, e de personalidades construídas com muita propriedade, de forma a apresentar ao leitor indivíduos mergulhados em uma boa dose de complexidade, e que por sinal, vai delineando a jornada de cada um deles;

5 – E os protagonistas Oliver Brooks, e Molly Templar representam muito bem esta transformação, pois ambos acabam se moldando ao longo que suas jornadas avançam. Ao final do livro os dois completamente transformados em comparação ao começo da jornada;

6 – Afirmo sem medo algum, que A Corte do Ar não um livro que apenas agradará aos fãs do steampunk. Isso é inclusive apenas um detalhe, já que há todo um universo fantástico em que as máquinas convivem com monstros tenebrosos, e também com muita magia, e é justamente essa mescla que dá os contornos tão originais deste trabalho;

7 – E há também todo o simbolismo em que Stephen Hunt mergulha sua obra. Com frases e parágrafos de efeito, cada página do livro agrega uma mensagem com símbolos como a própria Corte do Ar, numa representação de força política que paira acima dos meros mortais vigiando discretamente o mundo, acompanhando e interferindo na política oficial que se faz em solo. Achei este simbologia muito significativa;

8 – E não bastasse o livro conduzir com muita qualidade a trama política que reflete na ação de seus personagens, o livro é de intenso movimento, com lutas de tirar o fôlego, batalhas épicas, e jornadas asfixiantes onde a morte está sempre muito próxima;

9 – E outra coisa que me agradou bastante no livro é que ele acaba não sendo escrito numa linearidade descarada, já que há durante o enredo uma série de revezes que dão dinâmica aos seus personagens, e mantém o leitor sempre em atenção máxima;

10 – Enfim, A Corte do Ar de Stephen Hunt é literatura fantástica de primeira linha, e com certeza seduzirá aos leitores mais exigentes, tamanha criatividade e narrativa rica e inteligente com que ela chega ao leitor;




2 Comentários

  1. A respeito do livro a capa me lembrou muito bioshock. Mais a sinopse não me chamou muito a atenção, Por si tratar de adolescentes salvando o mundo. Gostaria de saber si o livro é muito infanto juvenil? Por que curto livros mais direcionados para o publico adulto, Em geral livros que oferece momentos de reflexões. Apesar disso acho que vou curti, Steampunk me agrada muito.

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    1. Embora sejam dois jovens os protagonistas, a trama do livro é bem rica, e contem reflexões bem adultas. é um livro que não dosa a pílula...

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