10 Principais clichês da literatura fantástica brasileira

Posso dizer que pelo trabalho aqui no blog, aliado às informações recebidas, bem como através da leitura de livros nacionais de literatura fantástica me possibilitou conhecer um pouco mais sobre esta fatia de mercado, bem como conseguir visualizar as potencialidades, e também o que se dá para melhorar quando se trata de ficção fantástica brasileira, por isso selecionei nesta lista (que aliás pode causar polêmica) 10 clichês mais comuns na Litfan nacional:

1 - Lá fora: Talvez essa seja uma das coisa que mais me chame a atenção, o fato de que grande parte da ficção fantástica nacional acabe se passando fora do Brasil. Alguns autores são felizes e conseguem falar sobre Londres, ou os Estados Unidos com muito propriedade. Mas há exemplos, e não são poucos, que teria sido melhor o autor não ter escrito sobre cidades lá de fora. A mim, este é o principal clichê, e que certamente os leitores do blog já encontraram, num ou outro livro;

2 - Fator Londres/Inglaterra: É quase a mesma coisa que o item anterior, mas achei interessante ter um tópico exclusivo, tamanha produção de autores nacionais que ambientam suas tramas em Londres, e no restante da Inglaterra;

3 - A re-invenção da Bíblia: Não é necessário você ter lido muitos livros da ficção fantástica nacional para descobrir o anseio dos autores em reescrever ou criar novas teorias para os textos bíblicos. Uma pesquisa rápida nos catálogos de editoras que publicam literatura fantástica pode confirmar que a Bíblia é principal livro a influenciar a litfan tupiniquim. Em alguns casos o resultado é excelente, como em A Batalha do Apocalipse, de Eduardo Spohr, em outros não funciona muito bem;

4 - O Poder dos Dentuços: Não se engane pensando que zumbis ou os anjos são parelhos para derrubá-los, disparados os vampiros ainda são os personagens mais clichês da literatura fantástica brasileira;

5 - O Salvador da Pátria:   A jornada do herói está presente na grande maioria das produções brasileiras de literatura fantástica, quase sempre com o mito do jovem escolhido divinamente para salvar o mundo;

6 - Filhos de Tolkien: Não sei se posso chamar isso de clichê, mas boa parte da literatura fantástica brasileira tem claras influências de Tolkien, às vezes mais por causa dos filmes de Peter Jackson, que propriamente nos livros, e tais influência ficam bastante nítidas em grande parte da produção nacional;

7 - Excesso de referências: Alguns livros nacionais tenho notado certo exagero em referências, que muitas vezes não ajudam no desenvolvimento da trama por si mesma;

8 - Síndrome Trilogia: Isto é tão clichê, mas tão clichê, que escritor brasileiro de literatura fantástica nãos nasce com o sonho de escrever um livro, mas sim de escrever uma trilogia;

9 - Num reino, tão, tão distante: Outra característica a a excessiva criação de mundos, ou reinos distantes ao melhor estilo idade média na produção nacional;

10 - Ausência de Elementos Locais: A pouca utilização de elementos nacionais e do folclore brasileiro na literatura fantástica nacional que se faz uma ausência percebida, o que a coloca entre os principais clichês da nossa Litfan;


53 Comentários

  1. Confesso que não acharia nem um pouco interessante uma história com sacis, caiporas, iaras e a cuca.

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    1. Concordo com o rapaz acima! Todos os itens citados na postagem são clichês, mas cada livro tem o seu charme e isso deve ser levado em conta.

      http://desbravandolivros.blogspot.com.br/

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    2. Concordo com ambos, além do mais, seres como zumbis, vampiros têm vantagem sobre outras criaturas porque, apesar de serem seres oriundos de outros países, eles estão tão enraizados na fantasia e na literatura que ganharam o mundo, hoje, o vampiro não é uma criatura européia, é uma criatura mundial. Quando à cidade, cabe lembrar que o brasileiro em geral tem essa coisa de "muito pé no chão": se um cara escreve uma ficção que se passa em São Paulo e ignora um detalhe, nego logo reclama, aí por isso que muitos fazem suas histórias se passar em cidades como Londres, que não exige essa realidade. Além do mais, elas são metrópoles que abarcam todo tipo de estrangeiros, de modo que aquele cidade representa o mundo atual, do contrário, vai você fazer uma história de fantasia que se passa no interior do Ceará... não vai vender nada, brother, só o pessoal da região vai se interessar e olhe lá.

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    3. Eu sinceramente discordo. Basta um pouco de estudo sobre o tema para se perceber o quão profundo e rico é o nosso folclore. Vai muito além da imagem que Monteiro Lobato fixou em nossas mentes, e é praticamente um desperdício que os escritores prefiram somente investir no mais do mesmo ao invés de explorar um conteúdo tão promissor. Nada contra os vampiros e afins, mas há muito mais assunto para ser explorado por aí.

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    4. Basta pesquisar um pouco antes de dizer que não é interessante. Só para citar duas obras mais recentes: Quando o Saci encontra os mestres do terror, da Editora Estronho e Brasil Fantástico da Editora Draco. Folclore com uma nova cara... Sacis, Iaras e muitos mais, tocando o terror. O que estraga muitas vezes é o preconceito e a falta de informação.

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    5. Eu não vejo problema em ambientar histórias em outro país, vejo problema é quando pessoas sem cultura fazem isso, e criam textos rasos, inverossímeis e sem ambientação de fato. Com talento, tudo se perdoa.

      Mas eu gosto muito da ideia de valorizar a mitologia brasileira. Tanto que estou fazendo isso.

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    6. O nosso folclore é muito rico, há muitas histórias que não são tão conhecidas e que podem ser exploradas. E se engana quem acha que as pessoas não irão se interessar.
      Li com os meus alunos o livro "Ouro, fogo e megabytes", cujo tema é folclore e eles adoraram.

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  2. Mas é bem difícil achar autor de literatura fantástica fiel às suas raízes. Tolkien nasceu na África, filho de família inglesa e se baseou nos mitos nórdicos; Rick Riordan é americano e usou a mitologia grega; Bram Stoker era inglês e foi "desenterrar" seu Drácula lá na Romênia, e por aí vai. Acho que os fãs desse tipo de histórias gostam de fazer a imaginação voar pra bem longe mesmo. Uma terra distante, imaginária ou não, serve melhor ao propósito.

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  3. Será que o fato de as histórias sempre ocorrerem em outros mundos, mágicos ou medievais, não seja por causa da falta daquele sentimento de mistério, do desconhecido, que me permito dizer não orbita mais nossas vidas em um mundo interligado, no qual temos ao alcance tudo o que desejamos sentados diante de um computador ?

    Para mim o fato de ser chamado de fantasia diz que haverá escapismo, e no momento não me vem a memória exemplos de boas obras fantásticas que não utilizaram desse auxilio.

    Além do mais, que graça teria colocar um saci como ser mitológico em um conto, se ele pode ser derrotado com uma rasteira. Já os orcs...

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    1. kkkkk
      Sensacional esse "Já os orcs". Rindo até a quarta era do mundo criado por Erú Iluvatar rs

      Eduardo Miranda

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    2. Isso depende, meu caro, de como você vai construir a mitologia em cima dos personagens folclóricos.
      Se você caracterizar o Saci como sendo um menino travesso, de uma perna só e que só quer saber de brincadeira.. aí concordo que não haverá graça. Agora, se você der uma caracterização diferente, pode engradecer a história.
      Todos nós conhecemos os Jinns, ou gênios, como aquele ser sobrenatural que sai de uma lâmpada e realizada desejos, certo? Muito "fofo". Mas veja por exemplo, que na série Supernatural os Jinns são seres malignos, que também realizam "desejos", mas consomem a alma de quem os faz. Há um outro filme que não lembro o nome, onde os Jinns se parecem com seres humanos também (e não uma nuvem que sai de uma lâmpada), e quando eles realizam um pedido de alguém, outra pessoa próxima aquela se dá mal.

      Ou seja, vai de como você escreve e cria o personagem. Se se prende ao básico, é obvio que a tua história não vai ser agradável.

      Um exemplo, o que uma múmia tem de interessante? Nada, é um corpo morto envolto em faixas de linho. Mas... veja o filme A Múmia e agora o remake A Múmia. São personagens muito bem criados e desenvolvidos, que tocam o terror onde estão e deixaram de ser apenas "uma múmia".

      De resto, concordo, no mundo tecnológico de hoje não há muita graça criar uma fantasia, agora, em um mundo medieval, onde as pessoas não tinham sequer conhecimento de como curar uma gripe, vamos assim dizer, a história ganha muito mais peso.

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  4. Metade dos itens da lista não são clichês exclusivamente nacionais, mas da literatura fantástica em geral. A ambientação das histórias "lá fora", como você disse, é por conta da influência que esses locais exercem na fantasia, apesar de isso estar mudando lentamente - no próprio A Batalha do Apocalipse há eventos no Rio de Janeiro se desenrolando. Acho que pelo mercado de fantasia no Brasil ser ainda muito novo, é natural que tenha muita influência "de fora", por que é só isso o que a maioria conhece quando se fala em literatura fantástica. Mais normal ainda é se inspirar em Tolkien (o que não é um clichê, mas uma influência, como disse, e todos autores têm as suas, sem exceção).
    E é um fato que senão todos, a maioria dos livros de fantasia (e não digo apenas os famosos, mas as boas histórias em geral) obrigatoriamente se passam em um mundo paralelo, ou com "pontes" que o ligam ao nosso. Eu particularmente leio fantasia justamente por ser algo completamente diferente da minha realidade, afinal, não é isso que a faz ser FANTÁSTICA? rs
    O argumento que muitos usam, de que ninguém leria histórias de folclore brasileiro, não pode servir como impedimento para os escritores se aventurarem mais em espaço nacional, até por que isso não significa de modo algum pôr um saci ou uma mula sem cabeça no meio da história (o que seria muito engraçado, e mil vezes mais difícil de tornar interessante do que um vampiro, por exemplo). Nosso mercado fantástico está crescendo aos poucos, conforme os leitores deixam de preconceito e pegam livros nacionais nas mãos, e espero poder fazer parte dele daqui a alguns anos...

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    1. Pensei a mesma coisa ao ler o post, me parece que foi feito somente se baseando em um curto encontro do autor com os livros nacionais. Do "clichê" nº4 em diante, é algo comum em varias literaturas, não somente a brasileira.
      E tambem eu não sei se é capaz de eu criar um mundo FANTASTICO que seja baseado em uma criação, um espaço fisico de outro autor...

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    2. Melhor resposta! E o folclore brasileiro é muito rico e pode ser explorado, isso não quer dizer que todos os autores deverão virar exploradores. Cada um que escreve fantasia terá alguma influência "de fora". É opcional para o autor criar um mundo ou usar outro existente. Ambientar sua história em outro país ou no próprio também é bom, pois assim a literatura não fica confinada. E acho que é isso que faz com que tenhamos tantos aficionados por fantasia seja ela nacional ou não. Ser clichê não quer dizer que escreve mal ou que não teve capacidade mental para criar algo novo. Às vezes ser clichê é bom. Atrai um público alvo maior. Se um autor inventasse um ser fantástico nunca antes visto na literatura pode ser que ninguém se interesse por ele. O que acho criativo são as formas com que os autores fazem do clichê algo prazeroso para os leitores.

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  5. Os primeiros livros de vampiros do André Vianco, por exemplo, são legais justamente por se passarem no Brasil. Não lembro qual deles acontecia em São Paulo, onde destruíam metade da cidade, e aquilo foi simplesmente fantástico! Mesmo usando um ser "modinha" o autor conseguiu construir uma boa história usando uma locação nacional.

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  6. Se notar verá que em toda literatura seja ela local ou estrangeira conta com todas essa lista, tirando o ultimo iten, afinal o nosso folclore é um m....

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    1. Meu Deus, você deveria morrer devorado por sacis raivosos. Vergonha alheia.

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  7. Na saudosa série Vaga-Lume tinha até uma história fantástica baseada na mitologia africana, "O segredo dos sinais mágicos". Mas brasileira mesmo acho que não tinha.

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  8. Eu diria que são clichês de livros fantásticos pelo mundo.

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  9. clichês meio que geral, não só da literatura brasileira.

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  10. Nós fomos bombardeados pela propaganda estrangeira antes de termos nosso mercado cultural (entretenimento usando as artes como forma) amadurecido. Nos foi vendida a ideia de que tudo que vem de um país economicamente mais poderoso é, necessariamente, melhor e tudo que tem referência local é ridículo. A musica nacional é chamada de regional se não for cópia de música estrangeira. Se for, é musica pop. Os jovens só consideram uma coisa boa se vier de fora. Um chinelo de dedos vira alvo de cobiça porque os Europeus passaram a comprar, antes era chinelo de pedreiro. O cinema brasileiro só dá dinheiro quando usa a estética de Hollywood. O legal é ser o mais parecido possível com os estrangeiros para ser aceito no Brasil. Se você faz um livro com seres das lendas nacionais vai ter que usar imagens estilo mangá ou alguma roupagem que o aproxime do Halloween ou algo assim.
    Nós somos o país que quando se acha uma frase interessante se escreve no Facebook ou na própria pele em inglês ou em ideogramas. Escrever em Português não tem graça.

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  11. Sinceramente? Acho que alguns escritores misturam as coisas. Levam ao pé da letra aquele ditado que diz: "Você escreve o que você lê"
    Nem sempre.
    Eu leio romance, mas me saio muito melhor em histórias de terror. O que realmente precisa para uma boa história - além de escrever bem, claro - é pesquisar bastante. Acho que é esse segundo item que estraga muitas histórias.

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  12. Só uma coisa: isso, que você descreve não se chama Literatura Fantástica. Você está falando de Fantasia, que é outro gênero literário, bem diferente da Literatura Fantástica (também conhecida como Literatura Mágica) e que tem como expoentes brasileiros gênios como, por exemplo, Murilo Rubião, Aníbal Machado, José J. Veiga e, eu diria, até Moacyr Scliar.

    Leia o revolucionário Cem Anos de Solidão, de Gabriel García Márquez, e você entenderá o que é Literatura Fantástica (e a distância quilométrica de que ela se encontra de O Senhor dos Anéis, por exemplo, que é um livro pertencente ao gênero Fantasia).

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  13. Apontamentos interessantes. Por mim, "síndrome de trilogia" também faz parte de "filhos de Tolkien".

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  14. Na minha opinião tudo é valido desde que bem escrito e que tenha originalidade, mesmo que se use referencias. Não podemos nos prender a nenhum modelo até pra que possamos inovar, mas é preciso atenção para não se equivocar em questões lógicas da história que se pretende contar. Como já foi dito nos comentários anteriores esses clichês não são exclusividade nacional, e é exatamente desses "padrões" de literatura fantásticas que é preciso desviar para alcançar a originalidade. Agora que literatura fantástica nacional está crescendo deve-se aos poucos apresentar a mitologia do Brasil, mas devemos compreender nossos escritores tendo em vista que Tolkien nasceu na África, filho de família inglesa e se baseou nos mitos nórdicos; Rick Riordan é americano e usou a mitologia grega. Espero que a literatura fantástica nacional ou mágica, como queiram, cresça cada vez mais, só que tem a ganhar é o povo brasileiro e a Educação.

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  15. Existem muitas obras nacionais de fantasia, terror e até ficção científica, de novos autores, que se passam no Brasil e que foram muito bem escritas. Mas é uma questão de bom senso. Também não precisa forçar uma situação só porque e brasileiro e tem que escrever uma história que se passa no Brasil. Um steampunk no Brasil é bacana sim, fica até interessante, mas é um gênero que tem TUDO a ver com a Inglaterra. Esse foi só um exemplo, apenas para ilustrar que essa implicância de dizer que tudo é clichê, consegue ser ainda mais clichê que os clichês escritos.

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  16. Sinceramente, a ausência de referência local é o que me deixa assustado... e, sinceramente, passo longe de livros com vampiros, lobisomens e zumbis... Acho que dá para fazer um bom livro apenas com referências locais, mas talvez falte OUSADIA. Além disso, não haverá no fundo um estigma de que se for do Brasil não presta?

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    1. Quero é "passar longe" de você. Abraços sinceros de um escritor de base ultra-romântica e fantasia.

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  17. Pra mim tá faltando mais ousadia mesmo. Acho que mitos brasileiros podem sim serem retratados de uma maneira interessante, mas é porque desde que as tias ensinavam sobre o nosso folclore elas mostravam o saci, o boitatá e a mula sem cabeça como se fossem criaturinhas dóceis e amigáveis. Imagina uma medusa toda simpática, ou um minotaurozinho feliz, destrói todo o encanto da obra. E eu acredito que mitos nacionais possam ser interessantes porque eles são exóticos. Dragões, fadas e duendes são legais, mas um monte de autores escrevem sobre eles. Agora pegar um deus africano, maia ou até mesmo tupi, pouca gente faz. O livro "Filhos de Anansi" do Neil Gaiman por exemplo, fala um pouco sobre mitologia africana e é um ótimo exemplo. Acho que o que os autores brasileiros realmente precisam é de uma imaginação mais aberta pra conseguir reiventar as coisas.

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  18. Cara o fato de existir universo pararelo é a base de toda a literatura fantástica.tem que haver.por exemplo: Nárnia.westores.acampamento meio-sangue.terra média.o mundo do harry potter que esqueci e muitos outros.
    E o fato de existir um salvador tbm. Como harry. Bilbo.percy.eeagon. todos são escolhidos.

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  19. Cara o fato de existir universo pararelo é a base de toda a literatura fantástica.tem que haver.por exemplo: Nárnia.westores.acampamento meio-sangue.terra média.o mundo do harry potter que esqueci e muitos outros.
    E o fato de existir um salvador tbm. Como harry. Bilbo.percy.eeagon. todos são escolhidos.

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  20. Concordo com tua análise, mas fico pensando que se você expandisse para o universo global praticamente todos os itens apontados serviriam de “guarda-chuva” para as produções internacionais. O que acho que devemos sempre levar em consideração nestes casos é que quase todo o universo de referência popular vem do mercado internacional.
    Não vejo problemas em um autor brasileiro escrever sobre elfos, anões e/ou ambientar as suas histórias na Europa ou em qualquer outro país que não seja o Brasil. O importante é como você conta a sua trama e é apenas aqui que vamos poder avaliar a qualidade do que está escrito.

    Ass. Daniel Cunha

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  21. Eu diria que o número 9 é um clichê não somente da literatura fantástica brasileira, mas mundial; a maioria dos livros de fantasia que leio se passam em um mundo criado pelo autor, geralmente na época medieval. No entanto, se o mundo for bem trabalhado, este se torna um clichê bem utilizado.

    http://contosdemisterioeterror.blogspot.com.br/

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  22. A verdade é que nosso folclore não dá tesão e pronto. Ora, o folclore nórdico e celta são incríveis, ambientações em cidades como Londres ou NY dão aquele charme, mas quem quer sua história se passando nas favelas do Rio de Janeiro, ou em São Paulo, que é uma cidade feia e sem encanto? Hipocrisia demais, cara, esse povo que fica "AIIIN quero ver saci e boi tatá nos livros" eca. Não quero não. Sim, ficar repetindo vez apos vez os mesmos clichês não ajuda também, mas também não vu ficar escrevendo livros sobre criaturas, no mínimo, sem graça, apenas para me provar brasileiro.

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  23. Como foi falado em topicos anteriores, a fantasia/mitologia estrangeira é a que mais vemos na tela, nos livros mais vendidos, por isso que são as que permeiam a imaginação da maioria dos escritores brasileiros, mas acho que se bem trabalhado e com um certo tempero de personalidade ou traços fisicos, os mitos do folclore brasileiro podem sim dar uma boa historia.

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  24. A Batalha do Apocalipse tem um conceito muito bacana mas uma escrita enciclopédica horrível. Não foi nem um pouco feliz, diferente do dito no tópico sobre bíblia. O livro fez bastante sucesso por causa do Marketing do Jovem Nerd.

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  25. Com todo o respeito, mas, o folclore brasileiro é tosco demais. Ninguém vai se interessar por uma história com essas criaturas ridículas de nosso folclore. E você não vai querer perder seu tempo escrevendo um livro que ninguém vai ler, ou vai?

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    1. To contigo, coisas reais como uma armadeira, uma urucutu e principalmente aquele peixinho que entra no ponto é muito mais assustador que todo o folclore junto. Melhor inventar novas criaturas.

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    2. Síndrome de Vira-Lata hein, cumpádi? Benzadeos

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  26. Esse post apenas falou O QUE É fantasia. É o mesmo que chamar de clichê respirar.

    É clichê fazer algo em outro países.
    É clichê criar mundos.

    Não quer ver isso? Não leia fantasia, leia livros culturais ou contemporâneos.Isso não é clichê, é característica da fantasia. Aconselho melhor entendimento do tema antes de chamar algo de "clichê", que tá tão em moda.

    Em geral, ótimo blog. Leve como uma crítica construtiva o incentivo a estudar mais sobre o tema Literatura Fantástica.

    Abraço.

    Cas.

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  27. A maioria dos textos que fala sobre clichês literários peca no mesmo ponto. Sugere evitar o clichê, e não trabalhá-lo melhor. O seu texto não fugiu da regra. Isso porque você, como todos os autores de textos assim, dedicam pouco tempo a explicar porque determinado ponto é clichê, e como fazer daquilo algo melhor. Ao se contentar em listar ou brevemente descrever os tópicos, você peca em generalizar e, por isso, tratar como clichê qualquer trabalho meramente preguiçoso.

    Alguns dos clichês apontados são reais. Londres pode ter cansado. Vampiros estão batidos. Mas até isso são coisas de momento do mercado, que passam em cinco ou dez anos e, logo, deixam de ser clichês.

    Outros, por outro lado, não são sequer clichês. A jornada do herói ser clichê é como falar que escrever uma história em forma de livro é clichê. Fantasia influenciada por Tolkien é clichê é dizem que TODA fantasia pós-tolkien é clichê (o cara não é o pai da fantasia moderna sem motivo, espera-se que um graduando de letra saiba bem). Worldbuilding é literalmente um sub-genero da literatura fantástica...

    Em geral, o post me pareceu um mero clickbait. Texto preguiçoso, mal pensado, trabalhado e executado. Mais do que qualquer dos pontos que foram listados aqui, esse é um post 100% clichê de blogs que acham que falam a sério de literatura. Um desserviço ao público.

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    1. Concordo 100%.
      Estava indo item por item da lista já pensando "Que bobagem!". E o cara me dizer que seguir "A Jornada do Herói" é um clichê.. nossa, foi a gota d'água.

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  28. Quanta merda...
    Sigam conselhos de autores consagrados e deixem esses macacos de escritório falando sozinhos!

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  29. É verdade que a trama influencia em parte na qualidade do texto - e a presença de clichês também. Mas o que diferencia um livro do outro, apesar dos clichês, é o estilo do autor. Pensa em quantas tramas o personagem principal não acha que está sendo traído? Pois Machado de Assis abusou de seu estilo, assim o "clichê" não influencia. Mas concordo que, de fato, há muitas obras "genéricas" por ai.

    Luisa
    www.degradeinvisivel.com.br

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  30. Eu Tou tentando descobrir que tipo de masoquismo mental eu tenho pra clicar aqui e ler a matéria. E ainda pior: os comentários (tanto dos "100% mitologia brasileira" quanto aos "mitologia brasileira não presta". Pela Deusa....

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  31. Ah cara, usar folclore nacional como? Eh ridículo, não eh nada assustador, quem tem medo de uma mula sem cabeça e de um alejado tabagista?

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  32. Acredito que tolir a criatividade de cada autor que é tolice. Se a questão é fazer com que haja valorização nacional por parte das pessoas, não cabe aos autores nacionais isso, autor tem que ter liberdade de criar, antes de mais nada deveríamos nos perguntar de quem é a culpa por grande parte dos brasileiros valorizarem a cultura externa. Será que é o país mesmo que não nos incentiva a isso!? Será que o nosso contexto não faz com que os autores procurem um "escapismo" para um lugar em que considerem melhor e longe dos desgostos que se eles enxergam todos os dias?

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  33. Interessante observar que "literatura fantástica" no Brasil é só o que chamam de "alta fantasia" lá fora. É um total desconhecimento da produção literária nacional. Escritores como Murilo Rubião, Moacyr Scliar, Lima Barreto e dezenas de contistas fizeram literatura fantástica moderna, com elementos regionais, explorando o insólito em nossa rotina. Mas parece que a nova geração de escritores e seus críticos apenas conhecem o que vem de Senhor dos ANéis e Harry Potter

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    1. Falaste bem Alceu, contudo vale ressaltar que Rubião, Verissimo dentre outros escreveram no gênero realismo fantástico e há certa confusão dos leitores atualmente visto que tem se chamado literatura fantástica obras de fantasia, horror...

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  34. Fica aí o desafio para nossos escritores : tomar um tema para o qual muitos torcem o nariz, como o folclore nacional, e transformá-lo em bestseller!

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  35. Para colaborar com os "debates" daqui: http://www.listasliterarias.com/2017/03/10-livros-brasileiros-de-literatura.html

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  36. Vi uma galera detonando o Folclore brazuka e chupando um risole das criaturas fantásticas de outras culturas mais "pops". Pura imbecilidade, me desculpe. Se você acha que só existe o saci nas lendas brasileiras, você é um completo desinformado.
    Para você, jovem idealista, deixo o link abaixo que fala um pouco de uma mitologia de origem tupiniquim: https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Mitologia_guarani
    Se essa referência não der material pra uma história fantástica bacana, não sei o que dará.

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