Entre os dias 2 e 5 de dezembro, coletivos da região noroeste de SP realizam a 1ª FLINO - Festa Literária Noroeste, de forma virtual e gratuita; a programação contará com saraus, slam, batalha de MCs, shows, espetáculos teatrais, rodas de conversa e oficinas. Confira 10 motivos para não perder o evento!
1 - Bibliotecas, Centros Educacionais Unificados (CEUs), coletivos culturais e artistas independentes da região noroeste de São Paulo realizam entre os dias 2 e 5 de dezembro a 1ª FLINO - Festa Literária Noroeste. Devido à pandemia de Covid-19, a festa será completamente online por meio do canal do Youtube da FLINO e página no Facebook;
2 - Dividida em 4 dias, a FLINO contará com mais de 40 atrações de artistas e agentes culturais dos bairros de Perus, Morro Doce, Parada de Taipas, Jaraguá e Pirituba. O objetivo da festa é fortalecer a cena cultural e literária dos bairros da região, assim como ampliar a articulação e parceria entre as bibliotecas, CEUs e comunidades do território. Outro objetivo ainda é reforçar a importância dos movimentos negro, indígena e de mulheres, com uma programação que reflete de maneira intersetorial aspectos do território;
3 - Inspirados em festas literárias que acontecem em outros bairros periféricos, como a Fligraja (Festa Literária do Grajaú), Flipenha (Festa Literária da Penha) e a Felizs (Festa Literária da Zona Sul), os trabalhadores das bibliotecas da Secretaria Municipal de Cultura e dos CEUs se reuniram e iniciaram a articulação junto aos demais coletivos;
4 - De acordo com Beth Pedrosa, coordenadora da Biblioteca Padre José de Anchieta, em Perus "nós acreditamos no território noroeste e vemos com clareza a potência e a riqueza cultural da nossa região. Queremos fortalecer os equipamentos culturais da localidade e dar visibilidade aos artistas e coletivos, além de estreitar a relação dos equipamentos públicos com os agentes culturais";
5 - Para Sandro Coelho, coordenador da Biblioteca Brito Broca, em Pirituba, a FLINO vem para demonstrar a força do território noroeste, que já conta com diversos atores e coletivos ligados à literatura. "A gente sempre via as outras festas literárias acontecendo e pensávamos que um território que abarca tantos distritos, tantos coletivos de cultura e literatura também deveria ter uma festa literária. Para além disso, a literatura tem como função manter nossa sanidade mental, uma vez que nos transporta para lugares inimagináveis, incríveis, coisas que em épocas de pandemia a gente não consegue”, aponta;
6 - Com uma programação multicultural, a festa terá transmissões ao vivo de saraus, contação de histórias, intervenções poéticas individuais, espetáculos de teatro, música e performances, além de mesas de debate sobre literatura, território e temas ligados às questões étnico-raciais, juventudes e memória. Haverá ainda uma feira virtual de livros e artesanato;
7 - Nesta primeira edição, a FLINO homenageia o educador e articulador cultural José Soró. Falecido em 2019, aos 55 anos, Soró era comunicador popular desde os anos 1980, importante articulador da região e um dos gestores da Comunidade Cultural Quilombaque, em Perus. Sempre mirando o futuro e autossustentabilidade do povo preto e periférico, foi mentor e mestre de muitos coletivos locais;
8 - A FLINO começou a ser organizada ainda em 2019, por representantes de movimentos sociais e culturais locais, das bibliotecas Brito Broca (Pirituba), Érico Veríssimo (Parada de Taipas), Padre José de Anchieta (Perus), CEU Pêra Marmelo (Jaraguá), CEU Vila Atlântica (Pirituba), CEU Anhanguera (Morro Doce) e CEU Perus. A festa estava prevista para acontecer de maneira presencial em abril. Com a pandemia, a sua realização foi reorganizada para dezembro de modo virtual. O objetivo é realizar a festa anualmente para fortalecer a cena literária e cultural da região;
9 - Entre os eventos na programação, no dia 5/12, sábado, às 20h, acontece a última roda de conversa da festa “Juventudes, Palavras e o Amanhã”, sobre a potência da produção literária jovem da região e suas identidades. O bate-papo contará com a presença de Wagner Souza (Sarau da Brasa), Wesley MP (Coletivo Afronte), o MC Tupi-Guarani Tupã Jekupéa, a musicista e poeta Ariany Marciano, do Morro Doce, com mediação de Sandro Coelho, da Biblioteca Brito Broca;
10 - O evento abre na quarta-feira, dia 2/12, às 20h, com a roda de conversa “Ferve Território”, que, além de marcar o início da festa, homenageia o educador e articulador cultural José Soró, e ainda uma sessão de SLAM do Pico às 21:30.