10 Distopias brasileiras para você conhecer

Nem só de gringo se fazem as distopias. Nesta lista selecionamos 10 distopias brasileiras (ainda que uma ou outra possa estar mais ou mais distante do gênero clássico) para refletir sobre estes tempos loucos e sombrios, confira:

1 - Não Verás País Nenhum, de Ignácio Loyola de Brandão: Provavelmente a mais lembrada das distopias brasileiras, o livro é de uma aridez e de uma opressão que impactam seus leitores. No universo da trama um país entregue às multinacionais e desertificado, sem água e sem alimento. Para comandar isso tudo a hierarquia onipresente e invisível do Estado, que no caso é O Esquema, movido por corrupção e jeitinhos. Uma leitura indispensável;

2 - Admirável Brasil Novo, de Ruy Tapioca: O romance se ambienta num Brasil de 2045 e segundo Cristovão Tezza "é a representação de um imaginário poderoso sobre o Brasil, que não pode ser desprezado. Nessa imagem, o que assusta de fato não são os engarrafamentos gigantescos, a pestilência do ar ou a vulgaridade da televisão; o que realmente mete medo é a idéia de que a democracia é um regime fracassado e incapaz, de que "os brasileiros" (com os quais não temos nada a ver) votam mal, e que "nós" não dispomos de meios de salvá-los senão os imaginados há 50 anos, para, então, começar de novo";

3 - Delacroix Escapa das Chamas, de Edson Aran: Ainda que peculiar poderíamos dizer que esta estranha (no bom sentido) narrativa nos apresenta uma distopia nacional em que a principal base da sociedade organiza-se pelo consumo (fator que lhe dá cidadania) nas shopping cities enquanto no mundo bárbaro a lenha desce;

4 - Cyber Brasiliana, de Richard Diegues: Nesta obra de 2010 e de sucesso entre geeks e nerds temos uma distopia que inverte o eixo de poder do mundo com relevância do Brasil, mas que acima de tudo penetra o universo cyberpunk com seu Hipermundo possibilitando uma realidade alternativa;

5 - Sombras de Reis Barbudos, de Jose J. Veiga: É provável que seja quase um exagero colocá-la aqui por causa de um único fator: a obra não olha para o futuro, como em geral das distopias, contudo neste romance de Veiga as estruturas de poder são intrinsecamente as estruturas de poder das distopias, só que aqui ao invés de flertar com a ficção científica o autor parte para o realismo fantástico e o insólito;

6 - Rio 2054 - Os Filhos da Revolução, de Jorge Lourenço: O livro também tem sido bem avaliado por seus leitores que relatam muitas referências legais e se passa três décadas depois de uma guerra civil pelos royalties do petróleo;


7 - A Terceira Expedição, de Daniel Fresnot: Obra bastante curiosa trazendo uma Santa Catarina pós apocalipse nuclear e a tentativa de expedições até São Paulo;


8 - Silicone XXI, de Alfredo Sirkis: Segundo Roberto Causo o livro "inaugura o tupinipunk, subgênero que combina elementos do cyberpunk (menos por suas realizações, e mais por suas influências em comum) com tendências do modernismo, do tropicalismo e da literatura pop nacional". Publicado  em 1985 a narrativa ambienta-se num Brasil de 2019 envolvido em conspirações internacionais e interessantemente um plano para envenenar a água potável do Rio;

9 - Rio - Zona de Guerra, de Leo Lopes: A obra traz um elemento recorrente à realidade carioca e que também é abordada no filme Uma História de Amor e Fúria em que o controle se dá por megacorporações criadas por milícias;

10 - Cidade Banida, de Ricardo Ragazzo: Este entra para o time próximo de Jogos Vorazes em que uma jovem pode libertar seu mundo opressor mesclando o cenário distópico aos tradicional herói das narrativas;

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