1 - O evento do ano: Sem dúvida a Bienal do Livro do Rio de Janeiro foi o grande evento da literatura em 2011 em terras brasileiras. Na verdade todo o evento ganhou contornos de mega-evento pop, com a participação de uma renomada lista de autores estrangeiros, como Anne Rice, e James Ellroy, e claro, Hilary Duff, autora da foto acima, e impressionada com o público que foi para ver sua participação na Bienal;
2 - Que vergonha: Pois uma das listas mais renomadas excluiu entre os livros mais vendidos, o polêmico Privataria Tucana, já que em listas como a do Publishnews exibia o estrondoso sucesso de venda. a Veja excluiu tal informação;
3 - A boa notícia: Ainda estamos atrasados e relação a países mais evoluídos, mas nunca se leu tanto no Brasil como em 2011. A venda de livros cresceu 13% no país, e nunca se pagou tão pouco para ler, pois desde 2004 a redução dos preços caiu 34%;
4 - Prateleiras sem donos: Se em 2010 para a prateleira que se olhasse viam-se anjos, dá pra dizer que 2011 foi um ano de pluralidade nas prateleiras, com espaço dividido entre fadas, guerreiros, detetives, vampiros, anjos, e até mesmo zumbis;
5 - A campanha: A feira do livro de Santa Maria, no Rio Grande do Sul causou polêmica por causa da campanha publicitária elaborada por acadêmicos da UFSM. Com personagens como o Senhor dos canais, e O Twitteiro, criados criticando determinadas posturas, para muitos os publicitários exageraram na dose;
6 - A bolha: Sim, me parece que essa é a melhor definição para a relação entre blogs, editoras, e autores, pois após o "boom" em 2010 uma infinidade de blogs literários foram criados, e perdoem-me alguns, tem muita coisa ruim por aí, o que acabou gerando diversos estremecimentos, e fazendo as editoras mudarem suas políticas de parceria;
7 - Fantasia: Parece sem volta, com mais jovens lendo, é considerável o maior número de leitores deste gênero, onde em 2011 reinou George R. R. Martin e os três volumes de As Crônicas do Gelo, e do Fogo, um tremendo sucesso nas livrarias, e na televisão, com a série produzida pela HBO. Aliás, mais leitores, aumentam as produções, e isso se mostra na grande quantidade de escritores em busca do seu quinhão;
8 - O bate-boca: Aconteceu na última mesa da tradicional Jornada de Literatura de Passo Fundo, quando os críticos argentinos Alberto Manguel e Beatriz Sarlo duelaram com a editora escocesa Kate Wilson, de forma mais que acalorada suas divergências a respeito das novas plataformas de leitura; [a noticia aqui]
9 - Apoio governamental: O anúncio de medidas pela presidenta Dilma para baratear o livro, e apoiar espaços de comercialização visando levar a literatura para mais leitores se não de todo inédito revelou um importante comprometimento em apoiar o setor, o que será saudável a leitores, bem como autores, editoras, e todos que lidam no mercado editorial;
10 - O Livro: Por fim, o livro foi marcante em 2011. Suas vendas cresceram, e ela passou a ser visto cada vez mais, e isto o levou aos lares, e a própria televisão, aparecendo em novelas, vitrines como a do Faustão, e mais recentemente sendo divulgado por Regina Casé em seu programa Esquenta. O livros está na moda [embora eu não goste desta palavra] e torço para que esta moda logo se transforme em característica cultural de nosso país;