10 considerações sobre Sangue na Lua, de James Ellroy... Ou como levar um chute no estômago lendo um livro...

Olá, depois de um recorde de dias sem postar, por motivos alheios a minha possibilidades, retorno ao LL, e antes de mais nada uma breve explicação, dizendo que a galera em votação havia escolhido para resenha "O livro do Assassino", maaassss... Maaasss para a alegria da editora o livro esgotou durante a promoção, e então partimos para a resenha do 2º colocado na votação, e digo a vocês valeu muito a pena:   

1 – É difícil falar algo que ainda não falaram, sobre um livro publicado lá em 1984, de uma violência viril, um verdadeiro chute na boca do estômago, e infelizmente uma leitura contemporânea, de um detetive tão louco quanto os homicidas;

2 – Sangue na Lua é escrito de forma direta e sem rodeios, inclusive com a utilização de palavras chulas como é nas ruas, o que eleva ao máximo o nível de realismo de quem se joga na leitura da trama;

3 – Os tormentos do detetive Hopkins e do serial killer muitas vezes se fundem, assim como o tormento de todos os atormentados dando a impressão que a violência sexual, principalmente o homossexualismo, é o início de tudo;

4 – Escrito em 1984, mas com passagens nos anos 60 a leitura de Sangue na Lua é uma boa pedida para nos remeterem a épocas de intolerância racial e sexual, onde o próprio protagonista não tem o menor pudor de expor seus grandes defeitos;

5 – Não há um único personagem comum em Sangue na Lua, onde cada família é violentada por seus tormentos, como se o autor quisesse nos dizer, que somos todos defeituosos e problemáticos;

6 - A perseguição ao assassino serve como plano de fundo para que James Ellroy nos conte intricadas histórias, que inclusive se interligam num redemoinho perigoso de emoções;

7 – Sangue na Lua tem uma linguagem direta, por isso é aconselhável leitura para os portadores de estômago forte, e em muitas cenas podemos sentir o fedor do sangue e o zumbir das moscas sobras ás vísceras das vítimas;

8 – Lloyd Hopkins mostra que é um dos grandes detetives da literatura americana, com um especial talento para conjugar fatores e excluir probabilidades, chegando sempre rapidamente a uma linha de raciocínio.

9 – Um anti-herói perfeito o detetive Hopkins, mestre do ditado popular, “faça o que digo, não façam o que faço”, vítima ou culpado por seus traumas e frustrações é algo que caberá cada leitor dizer;

10 – Quanto ao assassino. Sim, ele era bom, mas não tão bom para enganar Lloyd Hopkins;

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