10 Livros que influenciaram as canções de Raul Seixas

Quem ainda não assistiu, deve fazê-lo: a série Raul : Eu sou é um espetáculo de produção, nos mais diferentes sentidos que pode-se pensar, inclusive o estético. Não se trata de pura biografia documentarista, o que faz a produção muito importante - e relevante. Nela podemos ter uma ode à iventividade e criatividade e também por isso não só a relação de Raulzito com a literatura e a leitura, mas os poderes da ficção enquanto estética. A série enfatiza algumas narrativas influentes fontes de Raul, algumas delas e outras trazemos neste post com 10 livros que influenciaram as canções de Raul Seixas, confira:


1 - Tarzan: A série Raul: Eu sou dá bastante ênfase à infância leitora e imaginativa de Raul Seixas, ele sempre foi um leitor e um criador. Por isso era capaz de encontrar insights e caminhos os quais a literatura sempre lhe foi farol. Começamos por esse livro, na verdade, o personagem da série de livros de Edgar Rice Burroughs porque nele nasce o título mais enigmático de um dos mais enigmáticos discos da música brasileira, Krig-ha, bandolo!, espécie de grito de guerra de Tarzan que apropriado por Raulzito tornou-se sua própria expressão de guerra ao mundo em que ele chega com a força de um astro espacial;

2 - Assim Falou Zaratustra, de Friedrich Nietzsche: Como não se tornar esta figura incômoda com o mundo? Se ao encontrar Paulo Coelho a biblioteca de Raul aumentou, todavia as "drogas mais pesadas" ele havia consumido bem antes e estudos mostram que Nietzsche e Schopenhauer foram leituras juvenis e intensas que moldaram sua visão de vida e do mundo, o que se confirma em suas canções, já que a filosofia é célula constituinte da gênese de Raul;

3 - Dom Quixote de la Mancha, de Miguel de Cervantes: Na série a figura de Dom Quixote ganha destaque quanto a relação com a criatividade e o leitor Raul Seixas. Na biografia de Jotabê Medeiros há que o jovem Raul identificava-se com o personagem de Cervantes, afinal, quem mais poderia traduzir o espírito maluco beleza que um cavaleiro andante? O personagem inclusive está citado textualmente na letra de As minas do Rei Salomão;

4 - O Livro da Lei (Liber AL vel Legis), de Aleister Crowley: Bem, vamos começar aqui uma lista em que a aproximação com Paulo Coelho, foi fundamental, como esse, certamente um dos livros místicos e enigmáticos do mundo.  É o texto sagrado da Thelema, a filosofia de Crowley, e a fonte direta para o hino da Sociedade Alternativa. O lema "Faze o que tu queres, há de ser tudo da Lei" é uma citação direta;

5 - Eram os deuses astronautas?, de Erich Von Däniken: Se tem coisa que Raulzito gostava ou tinha interesse era em disco voador, vide, claro, suas canções. Embora não seja creditado como um livro sempre presente nas estantes de Raul, especialistas apontam que esta também era uma leitura que não lhe fugia e que justamente pelo interesse dele em discos voadores, era uma leitura a que recorria em seus processos místicos;

6 - Bhagavad Gita: Precisamos falar da influência desta obra nos versos de Raul? Gita, Gita, Gita... O texto religioso hindu é certamente uma das obras de maior influência no pensamento e na música de Raul Seixas;

7 - A Doutrina Secreta, de Helena Blavatsky: A teosofia é outro pensamento filosófico relevante nas canções de Raul Seixas e seu principal livro não estaria fora das leituras de Raulzito, claro. Jotabê Medeiros trata dessa relação na biografia que escreve sobre o cantor;

8 - Proudhon: Para fazer rock and roll tem de ser inteligente, bebê! Rapaz, talvez a maior quixotice de Raul tenha sido a ideia de transmutar para a linguagem popular os complexos e amplos conceitos filosóficos em que embebia-se talvez muito mais do que nas biritas alcoólicas que acabaram com seu pâncreas. Na série Raul: Eu sou é destacado como a inventividade de Raul faz com que transforme um convite infantil numa espécie de chamar as massas infantes ao Anarquismo, "Plunct plact zum/Não vai a lugar nenhum/Plunct plact zum/Não vai a lugar nenhum/Tem que ser selado, registrado/Carimbado, avaliado, rotulado/Se quiser voar (se quiser voar)"

9 - 1984, de George Orwell: Raul Seixas tinha uma treta forte contra o sistema, assim como seu ídolo, Dom Quixote, tornou-se cavaleiro da ordem a fim de tentar combater o sistema, coisa que ele cria muito em conseguir. Por isso é sabido que Raulzito tinha grande gosto pelo livro anti-totalitário de George Orwell, 1984, com o qual, inclusive foi fotografado;

10 - Chuang Tzu: O exoterismo (tudo bem, entendo que exotérico não seja a melhor opção) oriental sempre esteve nas conversas e leituras de Paulo Coelho e Raul, entre elas o taoísmo cujo alguns de seus nomes é este mestre cujo paradoxo da borboleta foi levado à canção "O Conto do Sábio Chinês" que é um primor de canção e reflexão;

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