10 Incríveis prólogos da literatura fantástica

Trazido dos teatros gregos, o prólogo é um recurso que na literatura é bastante usado pelas narrativas de literatura fantástica, esta em seus mais variados subgêneros. O prólogo é um gostinho, uma declaração de intenções que pode ou não estar associada à narrativa principal do livro, e sempre é capaz de instigar e cooptar os leitores para a aventura que deseja narrar. Neste post selecionamos os 10 melhores prólogos da literatura fantástica, confira:


1 - O guia do mochileiro das galáxias, de Douglas Adams: Debochado e divertido como a obra que se seguirá, o prólogo dessa narrativa conquista os leitores desde suas primeiras linhas:

Muito além, nos confins inexplorados da região mais brega da Borda Ocidental desta Galáxia, há um pequeno sol amarelo e esquecido (...) Girando em torno deste sol, a uma distância de cerca de 148 milhões de quilômetros, há um planetinha verde-azulado absolutamente insignificante, cujas formas de vida, descendentes dos primatas, são extraordinariamente primitivas que ainda acham que relógios digitais são uma grande ideia.

2 -  A batalha do apocalipse, de Eduardo Spohr: Aqui um prólogo curioso pelo fato que o prólogo já é bom, mas o manifesto que antecede este prólogo e que não deixa de o ser também um prólogo é de uma construção poética que sempre nos encantou. 

Há muitos e muitos anos atrás, há tantos anos quanto o número de estrelas no céu, o paraíso celeste foi palco de um terrível levante. Armados com espadas místicas e coragem divina, querubins leais a Yahweh travaram uma sangrenta batalha contra o arcando Miguel e os anjos que o seguiam.

3 - As brumas de Avalon, de Maryon Zimmer Bradley: Esse prólogo é bastante distinto, sua primeira linha o narrador indica a quem pertence a fala, à fada execrada invadida por uma nova cultura vencedora da narrativa, a cultura cristã.

Morgana fala...

4 - A guerra dos tronos, de George R. R. Martin: Até acho que se visto isoladamente o prólogo do segundo livro, A fúria dos reis é mais eficiente, mas pensando no todo, es início de cena que abre a todo um universo tem seu enorme potencial, sem dúvida alguma.

- Deveríamos regressar - insistiu Gared quando os bosques começaram a escurecer ao redor do grupo. - Os selvagens estão mortos.

- Os mortos o assustam? - perguntou Sor Waymar Royce com não mais que uma sugestão de sorriso no rosto.

Gared não mordeu a isca. Era um homem velho, com mais de cinquenta anos, e vira os nobres chegar e partir.

- Um morto é um morto - respondeu. - Nada temos a tratar com os mortos.

- Mas estão mortos? - perguntou Royce com suavidade. - Que provas temos disso?

5 - As mentiras de Locke Lamora, de Scott Lynch: O que gostamos nesse prólogo é seu poder de síntese e desde as primeiras linhas conseguir delinear seu protagonista.

No auge do longo e úmido verão do Septuagésimo Sétimo Ano de Sendovai, o aliciador de Camorr fez uma visita inesperada ao Sacerdote Cego no Templo de Perelandro, numa ávida tentativa de lhe vender o jovem Lamora. 

6 - Magônia, de Maria Dahvana Headley: Esse livro é um achado em construção visual pelas palavras e seu prólogo, apesar de curtinho, é de uma potência poucas vezes vista.

Inspiro. Expiro. O céu está cheio de nuvens. Uma corda desce do alto, do céu até a terra (...) Chamo isso de sonho, mas parece mais real que minha vida.

7 - Jardins da lua, de Steven Erikson: Um prólogo pra chegar chegando como que se promete na saga. Aventura e perigo se tornam evidentes em suas primeiras palavras.

As manchas de ferrugem pareciam mares de sangue na superfície escura e cheia de marcas da Grimpa do Escárnio. Com um século de idade, acocorava-se na ponta de uma velha lança cravada no topo externo da muralha da fortaleza. Monstruosa e disforme, tinha sido forjada a frio na forma de um demônio alado, com dentes à mostra em um sorriso mordaz que, a cada rajada de um lado para outro, guinchando em protesto.

8 - O senhor dos anéis, de J. R. R. Tolkien: O prólogo deste que é um dos principais - senão o principal - romances de literatura fantástica é quase um guia "a respeito", um introdução especialmente sobre o Bolsão.

Em grande parte, este livro trata de hobbits, e através de suas páginas o leitor pode descobrir muito da personalidade deles e um pouco de sua história.

9 - Destruidor de mundos, de Victoria Aveyard: Dos livros da lista é o mais recente, mas em nossa leitura em processo do livro já nos demonstra a capacidade de o prólogo nos estimular a seguir em frente com a leitura.

Nenhum mortal tinha visto um Fuso. Ainda existiam ecos, em lugares lembrados ou esquecidos, em pessoas tocadas pela magia, criaturas descendentes de outras esferas. Mas fazia uma era que nenhum Fuso era queimado.

10 - A mão, a filha e o espírito da santa, de P. J. Pereira: Mais um prólogo nacional bem interessante e chamativo, nesta obra de um fantástico que já invade o urbano e fortemente marcado pela cultura brasileira.

Respeitável público! Mulher de boa palavra, quando mete uma ideia na cabeça, não tem oxente que segure. Ainda mais quando ela é filha de anjo e fala a voz do outro mundo.




1 Comentários

  1. Um post bem interessante e legal de se ler! Adorei conhecer esses Prólogos! ❤️

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