10 Livros que todo mundo gosta, mas que não nos empolgaram

 A lista com nossas leituras prediletas é um festival de subjetividades, pois sim, a subjetividade existe e desempenha seu papel. Por isso, não raro nossas listas literárias causam divergências fenomenais. Certamente a de hoje tem um bom potencial para desagradar, pois reunimos aquelas leituras que "pá" de gente curte, mas cuja leitura não nos empolgou como aos outros. Confira:

1 - Harry Potter, de J. K. Rowling: Há anos vinha ensaiando a leitura de HP. Aproveitei o box de presente que dei para minha filha para finalmente ler Harry Potter. Não é que não tenha gostado, mas na resenha é possível perceber alguns incômodos durante a leitura. Talvez tenha sido a expectativa, talvez... ou  problema de justamente não ter encontrado determinadas coisas no romance;

2 - Enfim, Capivaras, de Luisa Geisler: O livro tem sido e foi muito comentado. Quando os toscos desse país tentaram censurá-lo, então. Mas nossa leitura dele acabou não trazendo muitia novidade, certa sensação de dèjá-vu que mais uma vez parece que a expectativa alta impactou na nossa leitura;

3 - Um dobra no tempo, de Madeleine L'Engle: Uma série sobre viagens no tempo que possui uma base de fãs considerável. No entanto, os três livros que lemos da série não nos empolgaram tanto. Em parte pelo fato de estar muito no meio do caminho entre a ficção científica e o esoterismo exótico de sua fantasia;

4 - Infiltrado na Klan, de Ron Stallworth: Aqui um duplo twist carpado. Nem o livro e nem o filme nos empolgaram ao nível que muitos leitores e espectadores comentaram, especialmente a partir da popularidade do livro. Ambos lentos, talvez sem a dramaticidade que a carga ficcional dá à realidade, que transposta em relato, especialmente no livro, ficou sempre com a sensação de faltar algo;

5 - Jardins da lua, de Steve Erikson: Uma fantasia que foi muito comentada em seu lançamento, mas que em nossa leitura pareceu não trazer grandes novidades num gênero cujos mestres estão bem definidos e atira a exigência lá em cima;

6 - A garota no trem, de Paula Hawkins: Não que o livro seja ruim, pelo contrário. É daquelas coisas que parece tudo certinho, entretanto o falatório e os exageros como dizer que revolucionava o gênero são alguns elementos que não nos permitem compartilhar tamanho otimismo;

7 - O império do oprimido, de Guilherme Fiuza: O cara tem uma boa base de adeptos que não raro esculacham nossa resenha. Mas assim, a pobreza das metáforas e a incapacidade de compreender as complexidades das teias políticas no poder é coisa assustadora. Embora tenha quem goste, a obra é de uma pobreza intelectual e literária sofrível;

8 - O médico da humanidade e a cura da corrupção, de Augusto Cury: Pelo menos a leitura do livro te mostra como estamos longe de resolver o problema da corrupção. O tratamento dela no livro é de uma pobreza que em parte conta porque estamos no buraco que estamos, já que o livro, como muitos do autor, possuiu de milhares de fãs;

9 - Fios de prata, de Raphael Draccon: Mais um caso de talvez ter ido com muita sede ao pote. Sempre quis ler algo do Draccon, este então foi um presente de um amigo. Mas não rolou a química com a leitura, especialmente pelo fato de a transmutação do "real" para o "ficcional" ser muito descarada, causando certa pobreza no resultado final;

10 - Se eu ficar, de Gayle Forman: O livro foi um desses fenômenos juvenis que veio na esteira de Crepúsculo. Mas não curtimos o adocicado mas insosso romance. Em parte porque os personagens eram rasos demais;