10 Pistas para descobrir se um livro é ruim

Aqui no Listas Literárias geralmente falamos bem dos livros, contudo, hoje elaboramos uma listas com 10 pistas para você descobrir se o livro que está lendo é ruim, confira:

1 - Abundância de Blurbs: Antes de mais nada, se você não sabe o que é blurbs, são aquelas citações geralmente postas nas capas, contracapas e orelhas dos livros com depoimentos de jornais, blogs, autores etc. Mas nós somos contra os blurbs? Não não contudo a experiência de leituras aqui no blog ainda que sem caráter científico que quanto mais blurbs houverem num livro, maiores serão as chances de a leitura digamos, não ser assim grande coisa (mas lembre-se, para toda regra há suas exceções);

2 - Essa sinopse me lembrou alguma coisa: Uma dica que pode ser feita antes mesmo da compra do livro é dar uma olhada na sinopse. Algumas conseguem reunir tantas referências que praticamente gritam para que você abandone a opção e vá aos originais, aliás, uma coisa sensata a se fazer em alguns casos, pois uma rápida análise da sinopse você já poderia inferir publicações do tipo "mais do mesmo";

3 - Que modéstia hein!: Ainda sem ter sequer começado a leitura você pode desconfiar de livros que apresentam-se "tão bom quanto...", "a grande descoberta/revelação/obra dos últimos anos..." "perfeito para quem gostou de...";

4 - Cadê a verossimilhança?: Para quem passou das três primeiras etapas a certeza de estar de fronte a um livro ruim só então com a leitura, e (óbvio, no meu caso) um dos fatores que mais prejudica a leitura de uma obra é perceber as inverossimilhanças (principalmente as internas) presentes, algo que nem sempre é percebido por autores. Mesmo em textos bem escritos veremos isso, personagens que não soam como tentam parecer, atitudes que não se sustentam, enfim cada dose de inverossimilhança num livro é como uma gota de água que vai enchendo a paciência do leitor (se exigente), e quanto mais chio for este balde, pior a qualidade da publicação;

5 - Nada além do que achamos na Wikipedia: E olha que isso não é muito incomum não, principalmente em obras mais recentes com as quais muitas vezes topamos a leitura aqui no blog. Acontece que tem muita obra que a superficialidade de construção é visível deixando a sensação que é fruto de uma pesquisa rápida na Wikipedia ou que não passara da primeira página de resultado do Google. Um exemplo são obras que pretendem criar conspirações, grandes planes, mistérios secretos, mas que contudo não trazem nada que não encontramos superficialmente na rede;

6 - Uma investigação das leituras do autor: Lá vamos nós mais uma vez saindo do texto, mas com a questão apresentada no item anterior, uma dica para elaborar seu dossiê é se possível vasculhar as leituras do autor que irá ler. É que aquela "velha máxima" nunca perde o valor, a principal dica para um escritor é "ler, ler, ler, ler..." Portanto, diante de um "pseudo escritor" cujas leituras não vão além das redes sociais, uma googleada, melhor repensar;

7 - Incapacidade de descrever: Aqui voltamos ao texto e a algo recentemente percebido. Uma boa dica para ver se o livro que está lendo "é mais ou menos" é prestar atenção na capacidade de descrição do autor. Já me deparei com descrições do tipo "fulano lembrou ciclano famoso". Esse artifício de não-descrever a pessoa jogando ao leitor uma imagem conhecida ou é incapacidade ou é má-fé ou então preguiça mesmo de criar sua própria personagem;

8 - Errar a mão na linguagem I; Outro fator muito comum a livros ruins é que seus autores erram a mão na linguagem ao tentarem "criar" identidade usando de falas caricatas abusando do recursos que geralmente sai pela culatra;

9 - Erra a mão na linguagem II: Já aqui temos um problema de livros muito muito ruins mesmo e que sim, vez por outra você pode encontrar. Há casos de publicações com problemas linguísticos tão grandes que afetam ortografia, coesão, coerência, etc. Outro fator comum é que em muitos casos não por uma opção estética mas sim por uso inadequado, há obras com muitas inconsistências linguísticas;

10 - Fortuna crítica: Por fim é possível sempre dar uma conferida na "fortuna crítica" da obra que está lendo, pois ainda que se tenha resenhas muito elogiosas, outras muito depreciativas, se houver bastante informação será possível elaborar um conceito médio sobre a obra, e, se no caso for negativo, sempre há outras prioridades de leitura que podem ser elevadas a posições dianteiras na fila da espera.

E vocês, concordam? Não? Que outros elementos identificam numa obra ruim?

4 Comentários

  1. Finalmente eu entendi porque estou tendo sérios problemas ao ler "Quem é você, Alasca?".
    O ítem 4 é a resposta. John Green quer que achemos a Alasca perfeita, maravilhosa e transgressora, em sua narração. Porém em todas as suas ações e falas, ela contradiz isso tudo. Age como mimada e mal-educada, tem péssimas atitudes... Resumindo é uma pessoa detestável, bem diferente do que o narrador quer que acreditemos. Me desanima muito esta leitura.

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    1. Não poderia concordar mais com vc! Odiei o livro. A personagem então...

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  2. lentamente um guisado para escapar de lento pistável para ficar bom da doença livroruinzável

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